Um dos maiores problemas enfrentados por esta tecnologia é o custo. A instalaçãode uma
unidade de leitura de íris tem custo médio de aproximadamente 3 mil dólares. Há ainda o fato
de que algumas pessoas possuem receio de olhar diretamente para a máquina, com medo de
terem seus olhos machucados por algum motivo. No entanto, nenhuma espécie de raio ou laser
é emitido a partir da máquina responsável pela identificação.
Lentes de contato e infecções e doenças, como a catarata, por exemplo, podem influenciar
na negativamente no reconhecimento do indivíduo. Além disso, como a imagem da íris é
digitalizada, existe o risco de haver uma fraude eletrônica.
Existem ainda algumas limitações no uso do reconhecimento de pessoas através da íris:
- A pessoa deve possuir uma íris, pois, de acordo com uma pesquisa realizada pelo US
National Eye Institute, a aniridia (falta da íris) ocorre em 1.8 a cada 100.000
nascimentos. Como é genético, afeta ambos os olhos. È também classificado como este
problema de falta de íris a ocorrência de pupilas cronicamente largas, já que para que seja
possível efetuar o reconhecimento de uma íris, o diâmetro da pupila deve ser menor do
que 75% do diâmetro da íris.
- Pessoas com deficiência visual podem apresentar dificuldade em manterem-se alinhadas à
câmera da íris, a uma distância correspondente ao comprimento de um braço. Isso é
devido ao fato de que alguns sistemas requerem um feedback vai um espelho ou monitor
LCD com o objetivo de guiar o usuário até o alinhamento correto com a lente da câmera.
- Pessoas que apresentam tremor nos olhos podem apresentar dificuldades para obterem
uma imagem estável. No entanto, algumas câmeras já utilizam iluminação estroboscópica
(flash infravermelho) com tempos de integração muito rápidos por parte da câmera, de
ordem de milissegundos. Dessa forma, o tremor torna-se irrelevante para a captura da
imagem.
Um sistema biométrico também pode apresentar falhas, sendo estas resumidas em três
tipos principais:
- Quando há falsa rejeição do atributo físico do indivíduo, e o sistema não reconhece o
padrão.
- Quando há falsa aceitação desse atributo, e o sistema erra na autenticação do indivíduo.
- Quando o atributo físico é registrado erroneamente no sistema.
Como estes sistemas estão sujeitos a falhas, é conveniente a utilização de outras formas de
autenticação, com base em diferentes características. Além disso, para evitar ataques e
fraudes, também é recomendado pelos estudiosos que os dados biométricos sejam
criptografados ao serem armazenados.
A descoberta da vivacidade da íris é um ponto relevante neste contexto, porém ainda é
tema para futuras pesquisas. Descobrir essa vivacidade impede uma série de fraudes, como
por exemplo, a utilização de apenas uma fotografia de íris, ou vídeo gravado, um olho de vidro
ou outros artefatos semelhantes.
Figura 11. Exemplo de tentativa de fraude