3.4. Reconhecimento de Iris
     O ponto relevante para o reconhecimento da íris é a falha num teste de independência estatística que envolve tantos graus de liberdade (266 graus  de liberdade) que o teste apresenta garantia de passar quando dois olhos diferentes forem comparados, mas falha quando qualquer olho é comparado com alguma outra versão dele mesmo. A implementação deste teste tem por base operações booleanas XOR de 2048 bits, realizadas bit a bit, em conjunto com operações booleanas AND, realizadas nos correspondentes bits de máscaras de cada código de íris. A discordância entre pares de bits é detectada pelo operador XOR, e bits corrompidos são detectados pelo operador AND, isto é, as operações de XOR detectam desacordo entre quaisquer pares correspondentes de bits, enquanto que as operações de AND asseguram que ambos os bits comparados não estão corrompidos por cílios, pálpebras, reflexões ou qualquer outro ruído. A norma aplicada ao vetor de bits resultante e aos AND’s dos vetores de bits de máscara é medida de forma a calcular a Distância de Hamming (HD).
     A análise da distância de Hamming permite medir a dissimilaridade entre duas íris, sendo inversamente proporcionais, isto é, quanto maior a distância de Hamming, menor a dissimilaridade entre as duas íris. Quando o valor computado for igual a zero, significa a ocorrência de um perfeito encaixe entre as íris. Esta distância pode ser computada utilizando os códigos de fase de duas íris, A e B, denotados por code A e code B, e também seus vetores de máscara, denotados por mask A e mask B, conforme mostra a figura abaixo.
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     O histograma abaixo mostra um exemplo de uma distribuição de Distâncias de Hamming, obtidas a partir de 2,3 milhões de comparações entre pares de íris diferentes.
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Figura 9. Distribuição de Daugman das Distâncias de Hamming