Vários aspectos relevantes devem ser levados em conta nas etapas de processamento e
localização da íris na imagem capturada: o limite entre a íris e a esclerótica, o limite entre a íris
e a pupila, e os traços inferiores e superiores que correspondem aos limites impostos pelas
pálpebras do globo ocular, limitando a parte visível da íris.
Figura 6. Fronteiras a serem detectadas
Na fase de processamento, os sinais são analisados para que seja possível a geração de
filtros que excluem as partes que não são relevantes.
No sistema proposto por Daugman, a detecção é feita por operadores integro-diferenciais.
É utilizada uma integral de linha parametrizada, com as coordenadas r, x0 e y0
representando o tamanho e a localização da íris, respectivamente. A escala de análise σ é
setada por Gσ(r), uma função de suavização de ruído, sobre a imagem I (x, y).
Com as informações relativas às variações do raio r e das posições x e y do centro, o
operador é capaz de procurar o caminho circular com mudanças significativas nos valores dos
pixels, de forma a, após aplicações iterativas deste operador, encontrar a localização mais
precisa. Isto é, funciona como um “localizador de bordas”. Um detalhe que não deve ser
considerado é a concentricidade entre íris e pupila. Embora a busca pela localização da íris
possa ser vista como uma busca pela localização da pupila, o raio da pupila pode possuir
variação da ordem de 0.1 a 0.8 em relação ao raio da íris. Dessa forma, a estimativa dos
parâmetros relacionados à definição da pupila deve ser feita separadamente dos parâmetros
que definem a íris.