Publicado em 11 de junho de 2003
Última revisão em 11 de junho de 2003
Nesta seção discutiremos os principais aspectos da aplicação P2P às "mobile ad-hoc
networks"
MANETS. Considerando as principais vantagens e desvantagens de P2P em redes
móveis.
Em [Cord02] encontramos uma definição
de MANET que seria:
"... um sistema autônomo de 'hosts' móveis (também atuando como roteadores)
conectados via enlaces sem fio, cujo conjunto forma uma rede de comunicações
modelada por um grafo arbitrário. "
Ainda segundo [Cord02] em relação ao modo de operação as MANETS são:
" ... basicamente redes móveis P2P sem fio
multi-saltos 'multi-hop' onde os pacotes são transmitidos entre os nós por
armazenamento e encaminhamento da fonte até o destino passando por vários
nós intermediários..."
"...conforme os nós mudam de posição essa mudança na topologia deve chegar ao
conhecimento dos outros nós sendo a antiga informação de topologia atualizada
ou removida ."
Pelas idéias acima as MANETS podem ser classificadas como redes P2P
puras uma vez que não há nenhuma entidade central interagindo com os pares.
Outro aspecto singular é a topologia dinâmica da rede, visto que serão
necessários serviços de roteamento dinâmico como o principal serviço realizado
pela rede.
Os pares possuem recursos reduzidos e alcance de transmissão limitado, o
que torna ainda mais complexa a tarefa de encontrar o destino da comunicação e
assegurar sua manutenção.
Além das deficiências acima ainda existe o problema da baixa disponibilidade
e segurança sendo necessário lançar mão de técnicas apropriadas de segurança e
criptografia.
A atuação dos nós como servents concentra-se quase unicamente no roteamento.
Ou seja os pares estão empenhados em prestar um serviço que no conjunto se
resumirá em roteamento dinâmico.
A busca é por um par não por um conteúdo impedindo o uso da replicação de
conteúdo comum em redes P2P puras como visto para a Freenet . Pelas MANETS
aqui definidas pertencerem à mesma classe de P2P que aplicações como Gnutella e
Freenet elas também sofrem dos mesmos problemas da busca em profundidade
"unicast" utilizada no Freenet e da busca em paralelo "multicast" utilizada no Gnutella.
Fica difícil estabelecer limites para a latência em buscas "unicast" na medida que o número de pares
aumenta, além disso as buscas em "multicast" tendem a sobrecarregar a banda e
recursos da rede "muito mais limitados neste caso" e possuem um horizonte limitado.
Além desses processos de busca também existem os roteamento geográficos
que são úteis na busca de pares uma vez que não existem réplicas destes pela rede
sendo um serviço típico de redes P2P móveis.
Sendo a principal questão , saber quantos pares a rede suporta. Note que essa questão não se limita às MANETS.
Traçar um paralelo entre aplicações P2P em redes móveis e fixas pode ser útil na
identificação de características comuns dessas redes e talvez até mesmo de intercâmbio
soluções que possam vir a serem aplicáveis em ambos os casos.
Também observamos que de todas as referências consultadas neste, nenhuma
trata de rede P2P móvel de característica híbrida onde uma classe de pares especiais
poderia dar suporte ao estabelecimento e gerenciamento das topologias dinâmicas de
uma MANET, de forma semelhante ao que ocorria com o servidor Napster.
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