Segurança e Privacidade

Uma característica da tecnologia RFID, que, inclusive, será listada mais a frente como uma de suas vantagens, é a capacidade de transmissão e armazenamento de um grande número de informações. Contudo, esse é um dos principais fatores que pode deixar o sistema vulnerável em relação à segurança e à privacidade. Dessa forma, busca-se por um sistema à prova de interceptações, garantindo a autenticidade dos usuários, a privacidade das mensagens e a integridade dos dados.

Contudo, ainda há muitos tipos de falhas relacionadas à segurança envolvendo a radiofrequência:

Interceptação: as etiquetas podem ser lidas por qualquer leitor compatível, inclusive de um usuário mal-intencionado, o qual terá acesso a informações pessoais.

Rastreamento: etiquetas colocadas em pertences de indivíduos podem ser rastreadas e monitoradas, gerando problemas de privacidade.

Clonagem: utilização de uma etiqueta clonada para se comunicar com o leitor original e, assim, conseguir acesso ao sistema.

Alteração de conteúdo: a transmissão realizada entre a etiqueta e o leitor pode ser interceptada e alterada por um dispositivo.

Negação de serviços: a comunicação entre a etiqueta e o leitor pode ser interrompida de várias formas no meio de uma transmissão e dados incompletos serão registrados no sistema

Tendo isso em vista, pode-se imaginar que os problemas de segurança e privacidade tomarão maiores proporções de acordo com que essa tecnologia for se tornando mais popular. No mínimo, dinheiro e tudo que uma pessoa compra terá uma etiqueta. Uma interceptação será capaz de dizer, por exemplo, quanto dinheiro a pessoa tem, onde estiver, de acordo com o que estiver dentro de uma sacola de compras, e com que doença está, de acordo com o remédio que carregar.

Soluções

Por isso, estudos já buscam por soluções que minimizem esses riscos aos quais usuários da tecnologia são expostos.

A primeira solução que todos imaginam é a criptografia, que faria com que os dados da etiqueta fossem acessados somente pelo leitor referente a ela. Contudo, as etiquetas menores, que seriam colocadas em itens em um mercado, por exemplo, não têm poder computacional suficiente para criptografar suas informações.

Outra proposta é a utilização de códigos, fazendo com que as etiquetas pudessem ser acessadas somente se um código fosse inserido. Porém, esse caso não serve para todas as aplicações da RFID e, em alguns casos, perde uma de suas vantagens, como a praticidade.

Por fim, ainda há a sugestão de uma proteção metálica que envolveria a etiqueta quando esta não estivesse em uso, causando interferências eletromagnéticas e impedindo interceptações clandestinas. Entretanto, essa solução tem as mesmas desvantagens do uso de códigos adicionais citados no parágrafo anterior.

Além disso, uma medida que melhora a questão de privacidade, mas não resolve de fato o problema, são as recomendações dos governos sobre o uso da tecnologia que sugerem que os consumidores devem ser avisados das existências das etiquetas ao comprar o produto e que elas possam ser removidas ou apenas desativadas de forma gratuita nessas lojas.

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