Padronização
Com a popularização do RFID, busca-se agora pela sua padronização nos países que a utilizam, pois não existe uma resolução oficial referente a isso. Esse é o objetivo de algumas organizações como a Organização Internacional para Padronização (ISO), que é responsável pela padronização das frequências de operação e pelos protocolos de codificação, e a EPCglobal, uma organização fundada não só para auxiliar na padronização ao controlar os números de identificação das etiquetas, mas ,também, para gerenciar, facilitar e estimular o desenvolvimento da tecnologia RFID.
Norma ISO
A ISO atua juntamente com a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), que é encarregada pelas normas gerais que englobam questões de interface área, conteúdo de dados, conformidade e desempenho. No caso da Identificação por radiofrequência, as normas elaboradas por essas instituições são:
- ISO 18000
- ISO 18000-1: Parâmetros gerais de frequências de sistemas adotadas mundialmente.
- ISO 18000-2: Parâmetros para comunicações de sistemas com frequência abaixo de 135kHz;
- ISO 18000-3:Parâmetros para comunicações de sistemas com frequência de 13,56MHz;
- ISO 18000-4:Parâmetros para comunicações de sistemas com frequência de 2,45GHz;
- ISO 18000-5:Parâmetros para comunicações de sistemas com frequência de 5,8GHz;
- ISO 18000-6:Parâmetros para comunicações de sistemas com frequência de 860MHz até 960MHz;
- ISO 18000-7:Parâmetros para comunicações de sistemas com frequência de 433MHz;
- ISO 11785: Padronização da frequência para o uso de dispositivos rastreadores em animais; (134,2kHz)
- ISO 14443: Padronização da frequência em cartões de identificação por proximidade;(13,56MHz)
- ISO 15693:Padronização da frequência em cartões de identificação por vizinhança;(13,56MHz)
EPCglobal
Os regulamentos globais referentes à padronização propostos pela EPCglobal, representada no Brasil pela GS1, juntam a tecnologia RFID com o Código Eletrônico do Produto(EPC- Eletronic Product Code) e com a Internet, possibilitando a Internet das Coisas (IoT- Internet of Things), uma revolução tecnológica que tem como intuito tornar possível a conexão dos utensílios do cotidiano com a Internet.
O EPC é um código proposto para substituir o código de barras, feito para identificar diferentes itens, em escala global, atribuindo a cada objeto “etiquetado” uma identidade única e fornecendo informações de rastreamento, fornecedor, tipo e número serial.
É constituído por uma série de 64, 96 ou 256 bits e sua estrutura básica é separada em quatro áreas. A primeira é a caracterização da versão do Código Eletrônico do Produto, ou seja, quantos bits possui. Em seguida, é a identificação do fabricante,que é um número único de identificação conferido a cada corporação. Após a identificação do fabricante, segue a identificação da categoria do produto etiquetado por essa corporação. Por último, tem-se o número serial de cada um desses produtos especificamente.
Além dos padrões da numeração de identificação das etiquetas, a EPCglobal as classificou de acordo com suas tecnologias. Tal classificação foi feita da seguinte forma:
EPCglobal Gen 2
Inicialmente, os protocolos ISO 18000 e o protocolo EPC discordavam um do outro. Contudo, recentemente, a EPCglobal sujeitou a primeira geração do seu protocolo Classe 1 para integrar ao protocolo ISO. Esse novo padrão, chamado EPCglobal Gen 2(segunda geração do ECP Classe 1), é similar ao padrão IS0 18000-6 tipo C. Isso significa que os dispositivos que estão dentro da norma ISO 18000-6, também estão de acordo com o padrão EPC Gen 2.
O protocolo Classe 1 Geração 2, ou simplesmente GEN2, opera na frequência UHF (860 até 930 MHz) e apresenta algumas características novas que não existiam nas versões antigas, como uma pequena implementação de segurança, incremento da distância de leitura em até dez metros, implementação das sessões e densidade de até 1600 etiquetas por segundo.
A implementação de segurança é constituída de dois recursos básicos, a utilização de uma senha estática de 32 bits atrelada a um comando de autodestruição da etiqueta e uma opção de senha estática de 32 bits para memória de acesso controlado nas etiquetas
As sessões são funções que permitem que mais de um leitor - no caso, até quatro leitores - se comuniquem com uma única etiqueta ao mesmo tempo, sem interferência entre eles. Isso facilita sua operação em um ambiente com leitura densa, ou seja, em um ambiente com muitos leitores juntos.