Padronização

Com a popularização do RFID, busca-se agora pela sua padronização nos países que a utilizam, pois não existe uma resolução oficial referente a isso. Esse é o objetivo de algumas organizações como a Organização Internacional para Padronização (ISO), que é responsável pela padronização das frequências de operação e pelos protocolos de codificação, e a EPCglobal, uma organização fundada não só para auxiliar na padronização ao controlar os números de identificação das etiquetas, mas ,também, para gerenciar, facilitar e estimular o desenvolvimento da tecnologia RFID.

Norma ISO

A ISO atua juntamente com a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), que é encarregada pelas normas gerais que englobam questões de interface área, conteúdo de dados, conformidade e desempenho. No caso da Identificação por radiofrequência, as normas elaboradas por essas instituições são:

EPCglobal

Os regulamentos globais referentes à padronização propostos pela EPCglobal, representada no Brasil pela GS1, juntam a tecnologia RFID com o Código Eletrônico do Produto(EPC- Eletronic Product Code) e com a Internet, possibilitando a Internet das Coisas (IoT- Internet of Things), uma revolução tecnológica que tem como intuito tornar possível a conexão dos utensílios do cotidiano com a Internet.

O EPC é um código proposto para substituir o código de barras, feito para identificar diferentes itens, em escala global, atribuindo a cada objeto “etiquetado” uma identidade única e fornecendo informações de rastreamento, fornecedor, tipo e número serial.

É constituído por uma série de 64, 96 ou 256 bits e sua estrutura básica é separada em quatro áreas. A primeira é a caracterização da versão do Código Eletrônico do Produto, ou seja, quantos bits possui. Em seguida, é a identificação do fabricante,que é um número único de identificação conferido a cada corporação. Após a identificação do fabricante, segue a identificação da categoria do produto etiquetado por essa corporação. Por último, tem-se o número serial de cada um desses produtos especificamente.

Além dos padrões da numeração de identificação das etiquetas, a EPCglobal as classificou de acordo com suas tecnologias. Tal classificação foi feita da seguinte forma:

Tabela 1: Classes definidas pela EPCglobal
Estrutura de classes RFID definida pela EPCglobal
Classe
Funcionalidade
Classe 0 /Classe 1
Etiquetas passivas para identificação.
Classe 2
Etiquetas passivas com a mesma funcionalidade da Classe 1 com maior memória e criptografia.
Classe 3
Etiquetas semi-passivas com a mesma funcionalidade das etiquetas Classe 1 e Classe 2 + bateria + comunicação de banda larga
Classe 4
Etiquetas ativas com as mesmas funcionalidades das etiquetas das classes anteriores + comunicação par-a-par em banda larga com outras etiquetas ou leitores

EPCglobal Gen 2

Inicialmente, os protocolos ISO 18000 e o protocolo EPC discordavam um do outro. Contudo, recentemente, a EPCglobal sujeitou a primeira geração do seu protocolo Classe 1 para integrar ao protocolo ISO. Esse novo padrão, chamado EPCglobal Gen 2(segunda geração do ECP Classe 1), é similar ao padrão IS0 18000-6 tipo C. Isso significa que os dispositivos que estão dentro da norma ISO 18000-6, também estão de acordo com o padrão EPC Gen 2.

EPC Gen 2
Figura.7 - Protocolos de padronização para RFID.

O protocolo Classe 1 Geração 2, ou simplesmente GEN2, opera na frequência UHF (860 até 930 MHz) e apresenta algumas características novas que não existiam nas versões antigas, como uma pequena implementação de segurança, incremento da distância de leitura em até dez metros, implementação das sessões e densidade de até 1600 etiquetas por segundo.

A implementação de segurança é constituída de dois recursos básicos, a utilização de uma senha estática de 32 bits atrelada a um comando de autodestruição da etiqueta e uma opção de senha estática de 32 bits para memória de acesso controlado nas etiquetas

As sessões são funções que permitem que mais de um leitor - no caso, até quatro leitores - se comuniquem com uma única etiqueta ao mesmo tempo, sem interferência entre eles. Isso facilita sua operação em um ambiente com leitura densa, ou seja, em um ambiente com muitos leitores juntos.

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