Introdução

Acelerado no início desse século XXI, o avanço tecnológico alavancou um mundo em constante transformação, afogado em milhões de dados e informações que circulam globalmente a todo momento. A definição de estratégia para manter a competitividade no mercado globalizado hoje, é refém da interpretação desses dados por meio da análise de dados em larga escala, o que chamamos de Big Data. (IBM)

A terminologia Big Data é usada para grandes quantidades de dados que precisam ser analisados em tempo real. Essa análise visa a conduzir apropriadamente a tomada de decisões por parte dos gestores e sintonizar com mais granularidade o planejamento estratégico das empresas. Nos dias de hoje, uma vantagem competitiva é sem dúvida ter um desempenho superior em relação a seus concorrentes e, sendo assim, a organização deve estabelecer uma estratégia adequada, tomando as decisões certas. (IBM)

O estudo dessa nova tecnologia aliada as ferramentas de gestão estratégica hoje é nada mais que do que a busca pela sobrevivência e pelo aperfeiçoamento constante das empresas, sendo assim, o Big Data possibilita às empresas uma adaptação dos processos internos e da estrutura organizacional à nova realidade de mudanças, que podem representar ameaças ou oportunidades.

O planejamento estratégico é uma ferramenta vital para qualquer empresa, seja ela grande, de médio ou pequeno porte. Seu principal objetivo é balizar uma empresa na tomada de decisão, antecipar mudanças e tendências do mercado, desenvolvendo na empresa uma conduta antecipada para trabalhar os desafios propostos. Já a gestão estratégia atua como um processo de manutenção constante dos planejamento e direcionamento estratégico de uma empresa. O Big Data vem para nortear ambos os processos citados, modificando o modo de desempenhar essas atividades no futuro. As empresas ganharão introspecção e predictibilidade, tornando o planejamento estratégico da empresa uma ferramenta mais eficiente consequentemente gerando um processo de gestão estratégica mais sólido, fazendo frente aos desafios impostos pelo mundo dos negócios.

Isso não significa propriamente uma substituição do modo com que a gestão estratégica é executada nas empresas, mas sim uma sinergia e extensão do conhecimento que já existe. A principal característica da gestão estratégica será preservada, a flexibilidade para se ajustar face às necessidades do mercado.

A constante mutação do mundo em que vivemos, uma realidade traçada pela evolução da tecnologia, é mais evidenciada no início do atual século XXI. Essas mudanças ditadas pelo dinamismo, tem elicitado que o ambiente em que as organizações se encontram não é mais um ambiente pragmaticamente previsível. Essas mutações constantes exigem uma atuação cada vez mais eficiente por parte dos gestores, os quais tem a árdua tarefa de selecionar e interpretar um número cada vez maior de informações relevantes aos processos de negócios, convertendo-as em oportunidades que reafirmem o posicionamento competitivo da empresa perante o mercado.

Todas essas mudanças são de fato oriundas das mais variadas tecnologias introduzidas recentemente, do comportamento mutável da própria sociedade, das alterações por parte do mercado e também das novas demandas por parte de clientes (Carvalho e Laurindo, 2007).

Nesse contexto, podemos inserir a mais nova revolução dos dias atuais, a revolução da tecnologia da informação. Essa revolução vem modificando de forma significativa conceitos antigos de tempo, espaço e comunicação em massa. A quantidade de informações disponíveis em forma de dados nos mais diversos canais de comunicação do mundo gera um interesse acentuado no conteúdo dessas informações em si.

Como seria se um dia fosse possível analisar e obter estatísticas de quantas pessoas no mundo gostam de pão de queijo? Seria bom para uma empresa de pão de queijo abrir uma filial em Amsterdão? Quais são as tendências da culinária mundial? Todas essas respostas estão, sim, armazenadas e circulando sem barreiras pelo mundo, porém, quem está analisando essas informações? Essa pergunta por mais esdrúxula que pareça, não possui resposta atualmente, pois nunca houve uma interpretação de dados de redes sociais mundialmente utilizadas para fazer uma análise cognitiva desses dados. Logo assim, concluímos que não somente a informação, mas as análises da mesma têm valor significativo para os indivíduos e valor estratégico para as organizações.