6. Economia inteligente
 
6.1. Definição
   
     No cenário das cidades inteligentes, o que não faltam são oportunidades de negócios. Uma comunidade completamente conectada necessita de suporte, além de facilitar a integração entre as diversas empresas e melhorar as condições de trabalho dos empregados. Ter uma rede tão vasta também aumenta o mercado, podendo ser elaboradas novas formas de abordagens ao cliente pela Web e pelos Web Services, como aplicativos para tablet e smart phones. Com o acesso de qualidade à internet difundido, surge a possibilidade de migrarmos os empregos que não necessitam de presença física para longe dos centros urbanos, causando uma melhor distribuição da população entre o centro e o espaço rural.

     A economia inteligente consiste em criarmos condições para que todas essas oportunidades possam ser aproveitadas, educando os jovens, criando uma infraestrutura de suporte, aumentando o mercado ao diminuirmos a quantidade de habitantes abaixo da linha da pobreza, preparando novos modelos de negócio voltados para o uso de todo o potencial dessas novas tecnologias e que visem um crescimento rentável porém sustentável, entre outras medidas que permitem o bom funcionamento e desenvolvimento de uma cidade inteligente.

6.2. Fomentando a "inteligência" da economia
   
     Para que uma economia possa ser considerada inteligente, esta deve apresentar progresso substancial em um número de fatores expostos a seguir.

6.2.1. Acesso universal e gratuito à internet em todas as áreas da cidade

  

Figura 14 – Internet para todos. Fonte: [14].

     Isso permite uma sociedade conectada, onde todos podem acessar a internet de qualquer lugar, agilizando os negócios, aumentando o tempo gasto pelos usuários na rede e sua exposição a ações de empresas e facilitando as transações destes mesmos usuários como compras online, e-banking e outros serviços.

6.2.2. Empreendedorismo

     Os novos planos de negócios, como se aproveitar das oportunidades que são criadas com essa base tecnológica, como atingir ao máximo o cliente que utiliza tais recursos, como utilizar deste cenário para crescer. Essa característica empreendedora é ponto chave para uma economia inteligente e surge da educação dos habitantes e incentivos do governo.

6.2.3. Habilidade para se transformar

     Muitas cidades tiveram que lidar com profundas mudanças nas últimas décadas. Basta pensarmos em quão recente é o computador e como é ainda mais recente a conexão de qualidade a internet sem fio por um preço acessível. Conseguir lidar com tantas mudanças, que tendem a ficar mais velozes à medida que novas tecnologias são popularizadas, é importantíssimo para que uma cidade seja e continue sendo inteligente por um longo período de tempo.

6.2.4. Espírito inovador

     Diminuição dos impostos, da burocracia, incentivo a novas ideias. Essas são algumas formas de se estimular a inovação. Uma população que não tem penalidades tão grandes com a falha, não tem medo de tentar inovar e, com isso, tem maior probabilidade de sucesso em ideias revolucionárias. Esse processo leva a criação de novas oportunidades de negócios e, quando um produto é revolucionário e bom, chances de grandes lucros e mais empregos.

6.2.5. Mão-de-obra qualificada

     Para crescer em um mercado repleto de facilidades tecnológicas, são precisos trabalhadores qualificados para manuseá-las e, de preferência, que não necessitem de grandes gastos com treinamento para isso. Uma economia inteligente começa nas escolas e universidades de qualidade, onde as inovações estão no cotidiano dos alunos, acostumando-os a esse ambiente.

6.2.6. Inserção internacional

     Numa economia inteligente, deve-se facilitar ao máximo a entrada das empresas no mercado externo. Com essa expansão sendo um problema para os investidores, a competitividade no mercado interno fica extremamente acirrada, dificultando o surgimento de novas empresas sem capital para investir, além de diminuir a margem de lucro das empresas da cidade. A exposição das marcas é essencial para um crescimento conjunto e para uma competitividade sadia das empresas.