As tecnologias de comunicação sem fio surgiram para revolucionar o modo de transmitir informações. O desejo de livrar nossos sistemas de modo definitivo da inconveniência e das limitações do cabo é um grande desafio tecnológico, e tem se tornado um catalisador de inovações nas últimas décadas.

     Esse ideal, contudo, só foi conseguido de modo parcial. As tecnologias sem fio atuais não estão preparadas para suportar grande fluxo de informações. O Bluetooth, tecnologia atual na área de WPAN (Wireless Personal Area Network), transfere dados a uma taxa máxima de 1Mbps, o que é considerado baixo para as novas demandas. Outro problema é causado pela crescente quantidade de dispositivos sem fio disputando freqüências, o que se chama de spectrum crowding (congestionamento do espectro).

     Nesse contexto, o Ultra Wideband (UWB) surge como uma nova opção de comunicação sem fio à curta distância (até 10m), comercialmente e tecnicamente viável, apresentando grandes vantagens em relação aos sistemas atuais. Dentre elas, estão altas taxas de transferência (480 Mbps, a mesma do USB 2.0), baixo grau de interferência, maior segurança e baixo consumo de energia, fator crucial para viabilizar a portabilidade. 

     Dentro do cenário doméstico, o grande mérito do UWB é permitir a comunicação sem fio até mesmo em sistemas com grande fluxo de dados, como centrais de mídia digital, além de ter taxas mais adequadas para acompanhar a crescente capacidade de armazenamento oferecida pela indústria de eletrônica.     

     Mas como funciona esta tecnologia? O presente documento tem como objetivo esclarecer e detalhar as questões ligadas ao UWB.

Contato: