3. Reconhecimento de Retina      << Anterior | Página inicial | Próximo >>

    Assim como outros meios biométricos a retina é freqüentemente utilizada para autenticar a identidade de um indivíduo em qualquer situação em que existam maiores necessidades de segurança, como o acesso a um sistema de informação, a uma rede, ou mesmo a um local restrito. Diz-se, em termos de segurança, que se você nem sequer é capaz de identificar quem utiliza seu sistema você então nem precisa começar a se preocupar com outras formas de torná-lo seguro, dado que essa é uma das formas mais fundamentais de manter a segurança em um sistema, e se ela não é atendida, não importa o que você faça possivelmente seu sistema estará em risco.
    O reconhecimento de retina é uma tecnologia que tem a retina como meio biométrico para autenticação. Esta é conhecida como um meio para se identificar indivíduos devido aos padrões de vasos sanguíneos nela existente desde 1935 pelos oftalmologistas Dr. Carleton Simon e Isodore Goldstein, esses padrões podem ser obtidos através da reflexão da luz causada por eles. Mais tarde, nos anos 1950, foram feitos experimentos comparando esses padrões únicos para cada olho humano e chegou-se a conclusão de que o padrão de vasos sanguíneos da retina é um dos que mais se distinguem mesmo entre gêmeos, o que dá um alto grau de confiabilidade a tecnologia desde que utilizada de forma adequada.
    A retina é uma parte extremamente estável do organismo humano que compartilha seu lugar com o cérebro e outras estruturas bastante estáveis, não suscetíveis a mudanças, pela falta de contato direto com o meio, exceto pela exposição à luz (algumas doenças visuais como a catarata podem vir a prejudicar o reconhecimento de retina). Além disso, é um modo de reconhecimento de indivíduos, bastante confiável devido à grande dificuldade em se criar um aparato que permita fazer alguém se passar por outra pessoa a ser identificada, mesmo através de máquinas. Também por se deteriorar em poucos instantes após a retirada da retina de seu local de origem no corpo humano, o que poderia ser feito na utilização de outros meios biométricos como as impressões digitais. Isso torna bastante segura a sua utilização como meio confiável de autenticação biométrica. Por todos esses motivos em 1975 foi adotada a idéia de se construir um dispositivo simples capaz de realizar a identificação humana.