3.1 Funcionamento (Primeira Parte)
    Para que a tecnologia de reconhecimento de retina possa ser utilizada de forma a assegurar bons resultados na autenticação, evitando falsas rejeições, ou seja, impedir que um usuário verdadeiro tenha acesso garantido ( o que para essa tecnologia acontece em 10% dos casos, mas é compensado pela segurança) e permissões inapropriadas (permitir a um usuário falso acesso ao sistema, o que ocorre somente em 0,0001% dos casos, o que é considerado um bom número se comparado a outros sistemas biométricos), existem diversos passos a serem seguidos. Isso faz com que seja necessário certo treinamento por parte do utilizador do equipamento de reconhecimento de retina. Esse talvez seja um dos fatores que impeçam a popularização desse meio de autenticação, ainda que, após a pessoa estar devidamente capacitada a utilizar o equipamento, essa operação se torne bastante simples. Além disso, para que a autenticação seja possível é necessária a cooperação do indivíduo a ser identificado, pois não há como realizar esse tipo de autenticação sem ser por vontade do indivíduo.
    As etapas são descritas em seguida:
    Inicialmente precisamos construir uma base de dados que armazene os padrões de retina dos indivíduos que utilizarão o equipamento, portanto para cada usuário a ser cadastrado, o equipamento deverá realizar diversas varreduras em sua retina (diversas varreduras são necessárias para evitar que o usuário seja cadastrado e não consiga se autenticar, e testes são necessários para averiguar se não haverá confusão com os dados de algum outro usuário, esse é um problema inerente a bancos de dados com muitos usuários), de modo que, ao final, tenhamos um modelo confiável para comparação futura. Nesse momento é importante que se o indivíduo estiver vestindo óculos, que os retire, pois a reflexão causada pela lente dos óculos pode fazer com que o modelo criado seja tão simples quanto a superfície dos óculos e, portanto, facilmente reprodutível (além da posição do óculos variar a cada autenticação devido a deslocamentos sobre o nariz, o que dificultaria o alinhamento em reconhecimentos futuros) . No caso das lentes de contato, é possível utilizar o equipamento com elas, pois além de serem fixas, a reflexão e o desvio da luz causado por elas não chega a ser um problema. Desse modo, também podemos utilizar a tecnologia com pessoas portadoras de miopia ou hipermetropia, desde que em graus não muito elevados. Uma regra encontrada em "Retina Identification"(Identificação de retina) de Robert Hill, diz que se uma pessoa é capaz de enxergar suficientemente bem para dirigir, com qualquer um dos dois olhos, então ela é capaz de utilizar a tecnologia sem mais problemas.