Smart cards dividem-se em dois grandes grupos: o grupo dos que apresentam microprocessador e o grupo dos que não apresentam esse componente, sendo que ambos os tipos apresentam memória. Smart cards com microprocessador (CPU - Central Processing Unit - Unidade de Processamento Central) são compostos também por memórias RAM (Random Access Memory - Memória de Acesso Aleatório) e ROM (Read Only Memory - Memória Somente Leitura), um dispositivo de entrada e saída (contatos metálicos do cartão) e normalmente uma EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read Only Memory - ROM Programável Eletricamente Apagável), cuja capacidade varia entre 1 e 500 kb. A memória EEPROM armazena os dados necessários à aplicação (número da conta bancária, por exemplo). Já a memória RAM armazena dados que serão processados pela CPU. Tudo isso é controlado pelo sistema operacional, armazenado na memória ROM. Essa organização faz do Smart Card uma espécie de computador em miniatura, mas com capacidade de processamento muito menor. Ainda assim, garante às informações nele contidas algo importantíssimo: a segurança através da criptografia e outros métodos, como veremos na seção 5. A flexibilidade é outra característica dos Smart Cards com microprocessador, pois a capacidade de processar dados e o fato de possuir componentes programáveis abrem caminho para as mais diversas aplicações.

A grande maioria dos smart cards apresenta um módulo com oito contatos metálicos, sendo que existem módulos com apenas seis.

Os contatos numerados na figura 4.1 seguem a seguinte definição:

• 1 – Vcc [(suprimento de energia (corrente contínua)]
• 2 – Reset
• 3 – Clock
• 4 – Auxiliar 1 - não usado
• 5 – Terra
• 6 – Uso padrão ou proprietário
• 7 – Entrada e Saída
• 8 – Auxiliar 2 - não usado

Smart Cards sem microprocessador apresentam apenas memórias ROM e EEPROM e um módulo de controle de acesso às informações contidas na EEPROM. Esse controle de acesso pode ser feito através de uma senha como o PIN (Personal Identification Number – Número de Identificação Pessoal).

Existem Smart Cards que dispensam o contato elétrico para a troca de informações, sendo esta feita através de uma antena, usando rádio-freqüência. Basta aproximar o cartão da leitora. Existe um exemplo muito próximo: trata-se do Rio Card, um cartão utilizado por passageiros de ônibus do Rio de Janeiro, funcionando como um bilhete eletrônico. O cartão apresenta determinada quantidade de créditos, que vai sendo debitada cada vez que o portador do Rio Card o passa na máquina leitora.

Em relação aos cartões magnéticos, os Smart Cards são mais vantajosos pelos seguintes motivos:

• Vida útil muito maior
• Maior capacidade de memória
• Mais seguro
• Capaz de processar dados

No entanto, existem algumas desvantagens:

• Preço mais elevado
• Infra estrutura mais cara