1. Introdução

 2. Histórico

 3. Formatação

 4. Funcionamento

 5. Sistema de Dados

 6. Tecnologias

     6.1 Fibre Channel
     6.2 SCSI
     6.3 Serial ATA
     6.4 ATA
     6.5 CE - ATA

 7. RAID


 8. Fabricantes

 9. Extras

 10. Conclusão

 11. Bibliografia

SCSI

Small Computer System Interface.

A tecnologia SCSI foi criada pela empresa Shugart Associates Systems Interface para acelerar a taxa de transferência de dados entre dispositivos de um computador, desde que tais periféricos sejam compatíveis com o padrão. O padrão SCSI permite ser utilizado em vários dispositivos, tais como discos rígidos, CD-ROMs, impressoras e scanners ou outro que necessite de alta taxa de  transferência de dados. Características físicas e elétricas de uma interface de entrada e saídas (E/S) projetadas para se conectarem e se comunicarem com dispositivos periféricos são definidas pelo SCSI.

Padrões SCSI

O padrão SCSI surgiu da necessidade de criar algum meio que permitisse uma taxa de transferência de dados para discos rígidos mais elevada. Em 1979, foi criada uma tecnologia para discos que permitisse justamente isso. Um ano depois, essa tecnologia recebeu o nome de SCSI-1. Em 1981, essa tecnologia ganhou especificações da ANSI (American National Standards Institute) e pode ser comercializada. Com isso, no ano de 1983, começaram a surgir os primeiros discos rígidos que usavam o padrão SCSI. Prevendo o sucesso que essa interface poderia obter, pesquisadores começaram a trabalhar em protocolos de comunicação com o objetivo de alcançar um alto desempenho na comunicação com o dispositivo SCSI.
Mas só foi no ano de 1986 que o SCSI se consolidou. Nessa mesma época já estava em estudo o SCSI-2, que entre outras características, permitia o uso de drives de CD-ROM, um verdadeiro avanço naquela época. O SCSI-2 chegou efetivamente ao mercado em 1988 e permaneceu como o tipo mais consumido, mesmo após o lançamento do SCSI-3, em 1993. O padrão SCSI-2, além de ter acumulado as especificações do SCSI-1, ainda incluiu um novo recurso, chamado de Fast SCSI. Trata-se de um barramento adicional de 10 MHz (o SCSI-1 usava 5 MHz). Outro recurso, foi a implantação do Wide SCSI, que permitia uso de cabos de 16 ou 32 bits, ao invés dos 8 bits oferecidos pelo SCSI-1. Foi nesse período que scanners e outros periféricos começaram a usar o SCSI.
Em 1995, o SCSI-3 passou a ser reconhecido, mas logo ganhou uma variação, que ficou conhecida como Ultra-SCSI, que funcionava à velocidade de 20 Mbps. Um ano depois, o SCSI-3 passou a ter especificações P1394, da IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) e ficou compatível com protocolos de fibra óptica oferecendo suporte a comandos e algoritmos de drives de CD-ROM.
No ano de 1997, o SCSI-3 ganhou algumas especificações. A mais importante delas o funcionamento em 40 MHz, passando a se chamar Ultra-2 SCSI. Em 1999, essa velocidade aumenta para 80 MHz e então, surgiu o Ultra-3 SCSI.

Funcionamento do SCSI

Para funcionar no computador, o SCSI precisa de um dispositivo conhecido como "host adapter". É esse aparelho que realiza a conexão com o computador e pode utilizar dois modos de transmissão: normal e diferenciado. O primeiro utiliza apenas um condutor para transmitir o sinal, enquanto o segundo utiliza o mesmo método de transferência do SATA, por espelhamento da informação.
É possível conectar até 15 dispositivos numa única implementação SCSI. Cada um deles recebe um ”nome” (ID SCSI). No entanto, a comunicação somente é possível entre dois dispositivos ao mesmo tempo. Isso porque é necessário que um dispositivo inicie a comunicação (iniciador ou emissor) e outro a receba (destinatário).
Determinados dispositivos só podem assumir uma tarefa ou outra (iniciador ou destinatário). Outros podem assumir os dois. O dispositivo iniciador recebe esse nome porque ele é que solicita o estabelecimento da comunicação com outro (por exemplo, entre o computador e uma impressora). O iniciador pode controlar o barramento, quanto à velocidade e modo de transmissão. Já o destinatário pode pedir certas informações ao iniciador, tais como status, dados ou comandos. Ainda é possível ao destinatário escolher outro iniciador.
É importante ressaltar que no barramento SCSI existem transmissões assíncronas e síncronas. O primeiro permite ao iniciador enviar um comando e aguardar uma resposta em todas as operações. O segundo funciona de maneira semelhante, mas é capaz de enviar vários comandos antes mesmo de receber a resposta do anterior. E estes comandos podem ser iguais. Por isso, o modo síncrono é comumente usado quando a distância entre os dispositivos é grande. Este modo surgiu no SCSI-2.

Adaptadores Wide SCSI e Narrow SCSI

É possível encontrar adaptadores Wide SCSI e Narrow SCSI. Ambos permitem uma velocidade maior no barramento (de 5 a 10 MHz). No entanto, o Wide SCSI usa um cabo adicional de 16 ou 32 bits de largura para enviar dados, o que permite o dobro ou quádruplo da velocidade, respectivamente. Já o Narrow SCSI usa somente 8 bits de largura. A tabela mostra o comparativo entre esses adaptadores:

Tipo de SCSI

Wide SCSI (em MB/s)

Narrow SCSI (em MB/s)

SCSI-1

10

5

SCSI-2

20

10

Ultra-SCSI

40

20

Ultra-2 SCSI

80

40

Ultra-3 SCSI

160

80

Cabos e Conectores

Os cabos de dispositivos SCSI são cruciais para um bom funcionamento dessa tecnologia. É recomendável que seu tamanho não ultrapasse 15 cm. Do contrário, a transmissão de dados pode ser severamente prejudicada. Existem vários tipos de cabos para interfaces SCSI, sendo os mais comuns o ALT-1 e o ALT-2.

De igual forma, existem vários tipos de conectores. Em todos eles, no entanto, é necessária a existência de terminadores, que são circuitos que garantem o envio e o recebimento dos sinais de dados. Existem, pelo menos, sete tipos de terminadores, a serem vistos abaixo:

Active: terminador que usa reguladores de tensão para reduzir os efeitos provocados por flutuações elétricas, resultando em maior estabilidade na comunicação SCSI e menor taxa de dados perdidos;
Active-negation: terminador que evita tensões muito altas nos terminadores ativos, permitindo comutação dos dados;
Force Perfect Termination (FPT): utiliza a comutação de um diodo para compensar as diferenças entre as impedâncias dos cabos SCSI e dos dispositivos;
High Voltage Differential (HVD): um dos terminadores mais usados e que possui especicações básicas. Opera a 5 Vdc;
Low Voltage Differential (LVD): muito conhecido, esse tipo de terminador passou a ser usado no SCSI-3. Permite menor consumo de energia (se comparado ao HVD) e permite velocidades maiores. Opera em 3,3 Vdc;
LVD/SE (LVD Single-Ended): LVD considerado universal, ou seja, multi-compatível. Isso significa que este terminador pode assumir mais de uma voltagem de operação. É um dos tipos mais comuns atualmente;
Passive: trata-se de um terminador com especificações básicas. É mais barato, porém, mais propenso à perda de dados, devendo ser usado em aplicações simples.

 
Principal Grupo de TeleInformática e Automação Departamento de Eletrônica Escola Politécnica Universidade Federal do Rio de Janeiro