Cloud Computing

1) Introdução: O que é Cloud Computing?

No panorama atual vemos o que acontece com as tendências da computação e percebemos que elas percorrem cada vez mais o caminho do conectar, transmitir e compartilhar. Assim paramos para pensar e descobrimos que realmente estamos o tempo todo conectados, transmitindo e compartilhando tudo o que diz respeito à informação sobre nossa vida, a sociedade, a ciência, etc.


A partir daí, temos em mãos um perfeito ambiente para mudar os conceitos da informatização dos quais estamos acostumados. Surge então o conceito de Cloud Computing (Computação em Nuvem), que é o aproveitamento das atuais disponibilidades computacionais para gerar um poderoso sistema de TI, evitando isolamento de dados e desperdícios de processamento. Explico-me.


Estamos hoje acostumados a apostar tudo na informatização, de maneira que, quando uma empresa investe em sua infra-estrutura para montar um ambiente de TI, não faz tanta economia. Entretanto, essas eficientes máquinas adquiridas raramente são utilizadas em seu potencial máximo, i.e., não são utilizadas 100% do tempo em “máxima potência”. Todo esse poder computacional que não é utilizado, ou que sobra, é simplesmente desperdiçado, não existe a possibilidade de armazenar poder computacional, obviamente.  Sendo assim, seria algo extraordinário se, por exemplo, estivéssemos precisando executar um grande volume de operações para uma pesquisa científica avançada e nosso poder computacional se unisse ao das máquinas de outros laboratórios que estão ociosas. Essa ociosidade seria aproveitada e o poder computacional certamente se multiplicaria. Para o isolamento de dados temos muitos exemplos, presentes em nosso cotidiano. Se, por acaso, estamos em casa trabalhando em nossos arquivos e pastas, seria extraordinário chegar à empresa onde trabalhamos e os mesmos arquivos e pastas com suas modificações já estivessem prontos para continuar o trabalho.


Pois bem, a Cloud Computing traz isso para uma realidade concreta. A nuvem computacional é que cuida de todo o trabalho de processamento e armazenamento de dados, ao usuário cabe somente se preocupar com sua acessibilidade a ela, que na maior parte dos casos, se resume ao acesso à internet.


Um dos maiores benefícios é que, como na maioria dos casos, o usuário acessa o aplicativo da nuvem através de seu navegador, desvinculando qualquer necessidade específica de hardware, sistema operacional exclusivo para o acesso ou instalação do aplicativo em sua máquina. Basta um browser compatível e acesso à rede. Um desses casos é o Google Docs.


Um exemplo real: o caso da Amazon. Como um dos maiores serviços de comércio eletrônico do mundo, para suportar o volume de vendas no período de Natal, a empresa montou uma superestrutura de processamento e armazenamento de dados, que acaba ficando ociosa na maior parte do ano. Foi a partir daí que a empresa teve a idéia de "alugar" esses recursos, com serviços como o Simple Storage Solution(S3), para armazenamento de dados, e Elastic Compute Cloud (EC2), para uso de máquinas virtuais.


Agora, com a Computação em Nuvem, para uma empresa que precisa utilizar um software específico que demanda alto poder computacional, não precisaria mais investir em diversas máquinas poderosas para rodar o programa. Tudo é feito pela nuvem. A empresa paga pelo tempo de utilização ou número de acessos ao software e não se preocupa mais com gastos de manutenção e hardware. O fornecedor dos serviços é quem se preocupa com isso.


Temos que ter em mente que, devido ao fato do Cloud Computing ser um conceito novo, qualquer tentativa de defini-lo pode não ser 100% precisa. Os especialistas no assunto ainda divergem em suas opiniões.


A definição do NIST (National Institute of Standarts and Technology) é a seguinte: “Computação em Nuvem é um modelo do tipo 'pague pelo uso' para possibilitar acesso de rede disponível, conveniente e sobre demanda a um pool compartilhado de recursos computacionais configuráveis (e.g., servidores, armazenamento, redes, aplicações, serviços) que podem ser rapidamente aprovisionados e liberados com o mínimo esforço gerencial ou de interação de provedor de serviços.”