Antes de seguir com o assunto, é fundamental que se tenha em mente o que é confiança. Segundo o dicionário Aurélio, confiar é: "Entregar (alguma coisa) a alguém sem receio de perdê-la ou de sofrer dano."
Trazendo essa definição para a computação temos que a Computação Confiável é aquela em que o usuário utiliza uma plataforma e pode acreditar que essa se comportará da forma que se propõe a fazê-lo, isto é, seus dados não serão perdidos ou divulgados para terceiros.
Porém, atualmente é comum as pessoas não saberem em quem confiar. A expressão "não se deve confiar em ninguém" nunca foi tão utilizada. Contudo, é inviável uma sociedade onde não se possa confiar em ninguém, assim surgem mecanismos para se garantir que algo ou alguém irá se comportar como se propõe. Antes de mais nada, para confiar em algo ele precisa estar bem definido, sem deixar margens a ambiguidades. A partir dai temos uma forma subjetiva de atestar confiabilidade, que é basear-se em experiências anteriores (como no caso de muitos sites de leilão, ou na escolha de um mecânico para consertar seu veículo) ou de forma objetiva, isto é quando algo possui um certificado de bom comportamento aferido por uma entidade confiável. Fica claro, portanto, desde a definição, que é muito difícil confiar. É necessário que exista uma árvore de confiança onde cada entidade certifica uma entidade posterior, porém surge a pergunta: "Qual a entidade raiz de confiança que pode certificar o comportamento das demais?". No passado, governo e até mesmo a Igreja realizaram esse papel, atualmente existem Instituições como a Standant & Poor´s que certificam a capacidade de países de pagarem suas dívidas. Porém em computação parece não ter surgido ainda uma entidade completamente confiável que possa se propor a esse papel.
Dentre os profissionais que trabalham com tecnologia da informação, um sistema é dito confiável quando é previsível, exige pouca manutenção e opera sem interrupção de modo que os usuários utilizem os recursos sempre que precisem. De forma prática, podemos medir a confiabilidade do sistema atestando o número de falhas críticas em um período de tempo de operação do mesmo.
A Microsoft define um sistema como confiável quando o mesmo é resistente, recuperável, controlado, imune a interrupções, pronto para produção e previsível.