História

No fim dos anos 1960 e início dos anos 1970, os computadores passaram a fazer parte da realidade de muitos setores da sociedade, como militares, governos, empresas e instituições de ensino, logo chegaram aos lares das pessoas comuns.

Durante esse processo a informática foi agregando as tarefas antes associadas a outras formas de comunicação, processamento e armazenamento de dados. Muitos desses dados são extremamente sensíveis, como informações estratégicas dos setores citados. Assim sendo, ficou evidente desde o início da era digital que seria necessário que essas plataformas operassem de forma confiável.

É um consenso atual que a computação deve atingir níveis de confiabilidade compatíveis com os demais sistemas que utilizamos, como de eletricidade, telefonia, água, etc...

Nessa seção apresentaremos a evolução do conceito de Computação Confiável ao longo das últimas décadas.

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Anos 1960 e 1970

Em 1967, a empresa Alle-Babcok identifica quatro áreas de que deveriam ser observadas para se obter confiabilidade do sistema. São elas: robustez do sistema operacional, funcionários confiáveis, controle de acesso efetivo, opção de privacidade do usuário.

Já em 1972, a Rand Corporation lidera uma força tarefa que define os atributos de um hardware confiável, tais como isolamento das aplicações, uso de supervisor que controla o sistema, procedimento padrão contra imprevistos. Para software, recomenda-se: limpar dados após utilização, conhecimento do estado da máquina, controle de acesso.

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Anos 1980 e 1990

Em 1983, ocorreu o lançamento do livro laranja, parte da coleção Série Arco-Íris do Departamento de Defesa americano. O título do livro é "Critério de avaliação da Confiabilidade de Um Sistema Computacional", porém seu escopo ficou limitado à avaliação de mainframes.

Em 1989 ocorreu um benchmark reunindo o governo de 53 países e representantes da indústria. Nesse evento foi sugerido o uso de métodos formais para o desenvolvimento de software, a melhora na qualidade dos testes e a certificação dos programadores.

Em 1996 o Conselho Nacional de Pesquisa americano, ciente do papel do crescimento da Internet para a sociedade, cria o Comitê de Confiabilidade em Sistemas da Informação. Este produz o relatório Trust in Cybespace, onde avalia os benefícios da confiabilidade, os custos de sistemas não confiáveis e identifica ações para mitigar falhas.

Em 1999, é criada a Trusted Computing Platform Alliance (TCPA), que reunia representantes de grandes indústrias da informática.

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Anos 2000 até 2012

Em 2001, a TCPA lança suas primeiras especificações para sistemas confiáveis e define o Trusted Platform Module (TPM).

Em 2002, o fundador da Microsoft Bill Gates, enviou um e-mail a todos os funcionários anunciando a iniciativa Trustworthy Computing, explicando que o desenvolvimento de software deveria incluir uma visão de segurança desde sua concepção. Essa ação foi motivada pelos ataques de Code Red e Ninda worms, no ano anterior.

Em 2003, O TCPA passa a se chamar Trusted Computing Group e englobando seus membros e recebendo muitos outros.

Desde então, a Microsoft tem sido a empresa que mais evoluiu em termos de Computação Confiável, com o desenvolvimento de alguns projetos como o Palladium, que propõe um sistema operacional seguro baseado no TPM e em software.

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