1. Introdução
Conexões à Internet: Discada x Banda larga

Um acesso residencial à Internet é definido pela conexão de um sistema final residencial (composto por um ou mais computadores pessoais e/ou laptops) a um roteador de borda - roteador que conecta dois sistemas finais remotos. Tal acesso pode ser feito basicamente de duas maneiras: através de uma "conexão discada" e através de uma "conexão de banda larga".

A primeira é composta de um modem ligado por meio de uma linha telefônica analógica a um ISP residencial. O sinal (digital) emitido pelo computador passa pelo modem, que o converte (modula) para o formato analógico, e segue pela linha telefônica até um outro modem, localizado no ISP, que o converte (demodula) em sinal digital novamente para que este possa ser manipulado por um roteador do ISP.

A segunda maneira, a conexão de banda larga, pode ser dividida conceitualmente em duas famílias de tecnologias: a HFC e a DSL. A HFC utiliza as redes de cabos utilizadas para transmissões de TV a cabo, capazes de suportar, cada uma, de 500 a 5 mil residências, enquanto a DSL utiliza a própria rede de telefonia, mas com mais eficiência do que o acesso discado.

As principais vantagens oferecidas pelas conexões de banda larga sobre as discadas são as maiores taxas de transmissão de dados e a desobstrução das linhas telefônicas enquanto é feito o acesso à Internet. É importante ressaltar que, dado o enfoque principal desse trabalho sobre a família DSL, essa explicação inicial é suficiente para esclarecer os conceitos básicos das conexões discada e HFC, e uma explicação mais detalhada sobre a própria DSL será dada a seguir.

xDSL: o que é?

DSL é a sigla, em inglês, para "Linha Digital de Assinante" (Digital Subscriber Line) e seu conceito é parecido com o de acesso discado, com o diferencial de restringir a distância total entre os modens existentes na comunicação, aumentando a taxa de dados transmitidos entre usuário final e o ISP. Ela aproveita a própria infra-estrutura das linhas telefônicas para estabelecer a conexão entre o usuário final e o ISP, como pode ser observado abaixo:

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Como podemos, perceber, o DSLAM na estação da operadora telefônica é o equipamento que permite a existência da linha de assinante digital. Ele recebe conexões oriundas de diversos clientes e as agrega em uma única conexão de alta velocidade direto com a central do ISP.

Como vantagens da DSL, podemos citar a desobstrução da linha telefônica enquanto acessa a Internet, a alta taxa de transmissão de dados em relação à conexão discada e a utilização de uma infra- estrutura que já está pronta - a de telefonia convencional. Porém, há algumas desvantagens, como o fato de existir uma diferença notável de velocidade entre usuários finais que encontram-se a distâncias muito diferentes da estação de operação - os mais próximos alcançam velocidades superiores, logicamente.

Atualmente, é muito comum tratarmos DSL como xDSL, já que há variações da tecnologia original DSL que exploram diferentes aspectos da conexão (ADSL, VDSL, HDSL, por exemplo) e todas elas acrescentam uma ou duas letras na sigla original, justificando, pois, o termo genérico xDSL. Quando apropriado, será explicada cada uma dessas variações e suas principais características.