A qualidade do som também gera grandes preocupações e, assim como no caso da imagem, a aplicação é um fator decisivo para se definir o nível de qualidade necessário.
Estudos revelam que a audição humana se restringe à faixa de freqüência de 20 Hz a 20 kHz, sendo mais sensível a freqüências entre 1kHz e 4 kHz. Logo, percebe-se que pode-se eliminar qualquer som abaixo de 20 Hz e acima de 20kHz sem preocupação. Dependendo da aplicação, pode-se eliminar mais freqüências também.
Obviamente, volume e tom são características importantes do áudio, mas existe uma terceira característica que não pode ser esquecida, o timbre. O volume é determinado pela amplitude do sinal e o tom pela sua freqüência principal. O trabalho de comprimir som seria simples se não fosse pelo timbre. Vozes diferentes fazendo o mesmo som são diferenciadas pelo seu timbre, assim como instrumentos fazendo a mesma nota. A informação do timbre está contida na composição harmônica de um sinal.
Uma outra característica importante da audição humana é sua insensibilidade frente a diferença relativa de fases das componentes harmônicas. Isto nos dá uma informação interessante: embora uma determinada forma de onda gere um único timbre, este timbre pode ser representado por infinitas formas de onda.
É possível dividir as diferentes aplicações de transmissão de som em três categorias básicas: alta fidelidade, conversa telefônica e fala comprimida.
Um exemplo de alta fidelidade seria música, sons desta categoria necessitam uma larga banda para conter os diversos tons e timbres necessários. Nela, qualidade do som tem uma importância altíssima.
Já uma conversa telefônica pode-se reduzir a taxa de dados pois a fidelidade não precisa ser tão alta. No entanto ainda é necessário que os sons soem naturais, é preciso ainda haver uma preocupação com o timbre.
O caso de fala comprimida se aplica quando o timbre tem importância secundária frente à informação contida no som (contido nos tons) e a necessidade de uma baixa taxa de dados. Neste caso, alterações no timbre se tornam toleráveis e até aceitáveis.
Abaixo encontra-se um quadro comparativo entre as três categorias com dados obtidos em estudos.