A tecnologia SDN possui muitas características similares a da tecnologia NVF, já que ambas trabalham com a ideia da virtualização de softwares. A arquitetura SDN é dividia em três camadas básicas: Camada de Infraestrutura, Camada de Controle e Camada de Aplicação, como na Figura 3. Diferentemente das redes tradicionais, o controle e gerenciamento da rede se tornam diretamente programáveis, já que estão dissociados das funções de reenvio (forwarding functions). As tecnologias SDN e NFV podem ser vistas como complementares, atuando juntas como uma interessante solução de rede. Por exemplo, as aplicações de controle de gerenciamento de um controlador SDN (como load balancing, monitoramento e análise de tráfego) podem ser interpretadas como VNFs, beneficiando-se da confiabilidade e flexibilidade da tecnologia NFV. Também é possível que a tecnologia NFV se beneficie da SDN, acelerando seu processo de implementação ao possibilitar o encadeamento automático de funções, provisionamento, configuração da rede, entre outras vantagens. |
Figura 3: Camadas da arquitetura de SDN. |
Portanto, apesar de suas similaridades, SDN e NFV são conceitos diferentes, com objetivos distintos. Enquanto que a tecnologia NFV visa a dissociação de funções de rede de dispositivos de hardware especializados, a tecnologia SDN propõe que o controle e gerenciamento da rede sejam separados completamente da mesma. É importante ressaltar que, diferentemente da tecnologia SDN, a tecnologia NFV pode ser implementada na rede já existente, pois reside nos servidores e interage com tráfego específico enviado a eles. A tecnologia SDN, no entanto, necessita da construção de uma nova rede onde os planos de dados e controle são separados.
Cloud Computing consiste no compartilhamento de recursos computacionais (redes, servidores, armazenamento, aplicações e serviços) que pode ser rapidamente disponibilizado com o mínimo de esforço operacional ou interação do provedor do serviço. Uma das principais características do modelo de computação em nuvem é a capacidade de permitir acesso de clientes de uma variedade de plataformas (celulares, tablets e laptops) ao recursos computacionais do provedor de serviço. Esses recursos podem ainda ser disponibilizados ou liberados rapidamente, frente à necessidade de se adaptar à uma maior demanda pelos mesmos. Além disso, os sistemas em nuvem conseguem fazer o controle e otimização dos seus recursos automaticamente, medindo a capacidade para cada tipo de serviço.
Os modelos de serviço do Cloud Computing podem ser divididos basicamente nos três modelos abaixo, também representados na Figura 5:
- Software as a Service (SaaS):
- Platform as a Service (PaaS)
- Infrastructure as a Service (IaaS)
Pela Figura 5, é possível perceber a correspondência
entre o modelo IaaS do Cloud Computing e a camada NFVI, relacionada com os recursos físicos e virtuais,
bem como entre o modelo de serviço SaaS com a camada VNF do NFV. Dessa forma, o NFV pode se beneficiar de um
serviço de virtualização já existente, com grande capacidade de armazenamento e processamento,
cuja rapidez de disponiblidade de recursos, controle e otimização automáticos dos mesmos, são
de grande valor para a virtualização de funções de rede.
Os primeiros testes do NFV foram realizados e
implementados em máquinas virtuais na nuvem, se beneficiando da flexibilidade da Cloud e do baixo custo.
Entretanto, a aplicação em larga escala de funções de rede na nuvem apresenta um grande desafio,
já que as redes de telecomunicações podem requisitar uma alta performance da nuvem, além de
confiabilidade e disponibilidade dos serviços. Algo que, atualmente, é provido pela infraestrutura das empresas de
telecomunicações.
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