Para que o protocolo LISP funcione em conjunto com o protocolo IP, é necessário que hajam elementos na rede capazes de fazer a conversão entre os protocolos.
O elemento de rede Túnel de Roteamento Egresso (do inglês, Egress Tunnel Router - ETR) é capaz de receber pacotes LISP de uma rede externa e traduzí-los para uma rede interna que utilize o protocolo IP. Por motivos de internacionalização, será adotada a sigla em inglês, ETR.
No mapeamento e encapsulamento, o papel do ETR é reconhecer um pacote LISP cujo RLOC corresponda à sua rede interna, retirar o cabeçalho contendo o RLOC e repassar o pacote contendo agora apenas informações pertinentes à rede interna.
O Túnel de Roteamento Ingresso (do inglês, Ingress Tunnel Router - ITR) é capaz de receber pacotes de uma rede interna usando protocolo IP e traduzir seu endereçamento para o protocolo LISP. Mantendo a internacionalização, a sigla utilizada será ITR
O ITR recebe um pacote contendo apenas um endereço IP que é tratado como um EID. O ITR procura então o RLOC correpondente àquele endereço IP e adiciona ao pacote um cabeçalho com o RLOC encontrado.
O protocolo LISP define três tipos de mensagem a serem usados por ele. O primeiro é o Teste de Dados (do inglês, Data Probe). Essa mensagem pode ser enviada por um ITR para um ETR para obter uma resposta de mapeamento. A resposta para o Teste de Dados é a Resposta de Mapeamento, que é uma mensagem enviada por um ETR contendo um mapeamento EID-RLOC.
Os ITR's também enviam a mensagem de Requisição de Mapeamento (do inglês, Map Request). Essa mensagem pede ao ETR responsável um mapeamento EID-RLOC. Essa mensagem é respondida pelo ETR com uma mensagem de Resposta de Mapeamento.
Os ETR's são capazes de enviar mensagens de Resposta de Mapeamento (do inglês, Map Reply). Essas mensagens são respostas a requisições de ITR's. O ETR em questão, após receber uma requisição contendo um EID, envia na mensagem de Resposta de Mapeamento um par contendo o EID da requisição e o RLOC correspondente para aquele domínio.
A figura 1 ilustra um cabeçalho de mensagem LISP:
A eficiência do protocolo LISP está fortemente relacionada à eficiência do mapeamento EID-RLOC. Uma das propostas é a Topologia Alternativa LISP (do inglês, LISP-Alternative-Topology[6]). A Topologia Alternativa LISP utiliza os protocolos Border Gateaway Protocol [2], conhecido como BGP e o Generic Routing Encapsulation [7], conhecido como GRE. E o protocolo LISP não necessita de modificações significativas nos hardwares usados.
Na Topologia Alternativa LISP, roteadores anunciam prefixos EID agregados para os ETR's e para os ITR's que decidirem por receber essas informações. Além disso, os mapeamentos EID-RLOC são requisitados pelos ITR's um a um quando são necessários. Essas requisições são feitas utilizando as mensagens de Teste de Dados ou de Requisição de Mapeamento.
O objetivo é construir uma Base de Informação de Roteamento, do inglês Routing Information Base, capaz de guardar EID's e o próximo salto relativo a cada um deles.
Quando um dispositivo deseja enviar um pacote para outro, ele precisa descobrir o EID do destinatário e enviar o pacote a um ITR (normalmente configurado) e o ITR, caso já tenha o RLOC associado àquele EID deve encaminhar esse pacote LISP para a rede, que o encaminhará ao ETR responsável. Caso o ITR não conheça o RLOC relativo àquele EID, deve enviar o pacote em uma topologia alternativa, capaz de rotear EID's que encaminhará o pacote ao ETR responsável. O ETR então encaminhará o pacote ao dispositivo identificado pelo EID da mensagem e enviará uma mensagem ao ITR de origem contendo o mapeamento EID-RLOC pertinente e novos pacotes gerados por aquela comunicação já serão feitos utilizando a estrutura LISP. A figura 2 ilustra essa situação: