Protocolo de Separação de Endereço e Identificação (LISP)

Proposta LISP

A proposta LISP é a de separar o objeto que identifica um dispositivo e o objeto que indica como esse dispositivo está conectado à rede. Ou seja, a ideia é que cada dispositivo possua um identificador único e imutável que represente a sua identidade e também possua um objeto que, para cada roteador da rede, signifique como alcançar esse dispositivo, de forma a possibilitar o roteamento de pacotes para aquele dispositivo.

Na proposta original, o objeto que identifica um dispositivo é, em inglês, chamado de Endpoint Identifier[3] (pela tradução do autor, Identificador de Terminal). Por uma questão de simplicidade e internacionalização, a sigla utilizada será a vinda do inglês, EID. Originalmente, o objeto que define o roteamento para um dispositivo é chamado de Routing Locator[3] (pela tradução do autor, Localizador de Rota). Por simplicidade novamente, a sigla internacionalmente conhecida RLOC será utilizada.

A resolução dos problemas de identificação e de roteamento em separado traz vantagens na otimização de cada problema, sendo possível otimizar as tabelas de roteamento, por eliminar a dependência da distribuição do espaço de endereços com a distribuição dos identificadores. Além disso, um usuário que altere a sua posição na malha da rede continuará sendo o mesmo usuário para a rede, mas com novas propriedades para roteamento.

A separação entre identificação e roteamento traz, porém, alguns desafios: é necessário repensar a atualização das tabelas de roteamento e prezar pela retrocompatibilidade.

As próximas sessões trazem algumas soluções para os problemas apresentados

página anterior próxima página