Para a proposta LISP, cada usuário deve ter seu próprio número de identificação, único, intransferível e imutável. Além disso, cada dispositivo da rede deve ter um endereço de roteamento único e imutável para uma determinada configuração da rede, mas não para um mesmo usuário que localize esse dispositivo na rede.
O identificador de cada dispositivo numa rede é chamado de Endpoint Identifier (doravante, EID) ou, em português, Identificador de Terminal (tradução pelo autor). O localizador de cada elemento da rede é chamado de Routing Locator (doravante, RLOC) ou, em português, Localizador de Roteamento.
Quando um pacote LISP é enviado, o remetente apenas precisa saber o EID do destinatário e uma camada de inteligência da rede descobre o RLOC e realiza o roteamento para o destinatário.
Existem questões relacionadas à tarefa de mapeamento que serão discutidas na sessão de mapeamento.
Mapeamento e encapsulamento é uma técnica para implementar o protocolo LISP que utiliza duas fases: a de mapeamento e a de encapsulamento. Em um primeiro momento, um remetente descobre o EID do destinatário utilizando um serviço de DNS [4]. Depois, o remetente envia para um roteador LISP o pacote contendo o EID do destinatário. O roteador LISP descobre qual o RLOC do destinatário identificado pelo EID. Essa fase é chamada de mapeamento. Depois disso, o RLOC do destinatário é adicionado a um novo cabeçalho externo do pacote, na fase chamada encapsulamento.
Esse método é a retrocompatível com os protocolos IPv6 e IPv4 [1].
A proposta da reescrita de endereço [5] sugere que os os endereços de IPv6 sejam utilizados para a separação LISP. A primeira metade do endereço (os primeiros 64 bits) seriam utilizados como EID e a última metade (também 64 bits) seria utilizada como Routing Goop (do inglês, Resíduo de Roteamento). Essa proposta se faz interessante por aproveitar a estrutura do IPv6 que já existe.