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CONCLUSÃO

            As redes peer-to-peer vieram para ficar. Essa é a conclusão da maioria dos especialistas que estudam sobre o assunto, e isso se reflete no nosso dia-a-dia. Como foi apresentado aqui, as mais diversas aplicações têm sido desenvolvidas baseadas em redes desse tipo, desde compartilhamento de músicas a busca por vida inteligente no espaço ou a cura do câncer.

            Além disso, elas apresentam uma característica que sempre esteve em debate com relação à Internet: a separação entre mundo físico e virtual. Pensar que um nó que fisicamente está no Brasil está conectado a um nó na Sibéria e que dentro da rede eles são vizinhos, enquanto outro nó que está na casa ao lado está 100 mil nós distante dele na rede nos mostra bem como esse tipo de aplicação tem potencial.

            Elas não vão substituir o modelo cliente/servidor, pelo simples motivo de que são bem mais complexas e exigem uma organização bem maior para que toda sua potencialidade seja explorada, e "nunca devemos abandonar a simplicidade pela complexidade senão por um benefício claro" (Oram, 2001, p.249). Além disso, redes cliente/servidor raramente têm problemas administrativos, a não ser em caso de excesso de conexões.

            Isso nos leva a crer que, cada vez mais, o que vai ocorrer é a coexistência de sistemas cliente/servidor e peer-to-peer, como já vem acontecendo, cada um com suas funcionalidades distintas, vantagens e desvantagens relacionadas a suas características. O que não se pode fazer é ignorar toda a potencialidade dessas redes e do quanto elas podem contribuir para um Internet mais completa e aproveitar as boas idéias provenientes de aplicações desse tipo.

            Por fim, as variações que se apresentam a cada dia nos mostra a flexibilidade de se trabalhar com p2p, havendo a possibilidade de se criar uma rede totalmente descentralizada, ou parcialmente hierarquizada. Tudo isso depende de um trabalho de estabelecer diretrizes e prioridades na construção da rede para lidar com os problemas inerentes a elas.

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