1. Introdução
Uma vez que o ser humano é um ente que essencialmente vive em sociedade, a interdependência entre os componentes dessa se configura de maneira evidente. Haja vista que o comportamento humano não se orienta necessariamente no sentido de respeitar as normas que são institucionalizadas para o convívio social, será necessária a tomada de medidas de vigilância e segurança a fim de que o espaço de todos seja respeitado. Em suma, é de extrema relevância que se fiscalize os indivíduos que não hesitam em prejudicar os demais em defesa de seus próprios interesses. No aspecto da vigilância e da segurança, delimita-se o quadro de que alguns lugares ou serviços devem possuir acesso restrito, quando esses têm influência sobre os demais componentes da sociedade. Mediante a constante busca por mecanismos de regulação do comportamento dos indivíduos cada vez menos suscetíveis à falhas, foi desenvolvida uma vertente de autenticação de operações em serviços e de garantia ao acesso de determinados lugares conhecida como biometria. A identificação por impressão digital é uma das formas mais conhecidas e difundidas de biometria.
Histórico
A metodologia de se usar a impressão digital como forma de identificação individual tem sido realizada desde o final do século XIX,  a partir de quando Sir Francis Galton definiu alguns pontos e características dentre as quais poderiam se caracterizar as diversas impressões digitais. Os pontos definidos por Galton são a base da ciência de identificação por impressão digital. Prática que tem se difundido nesse último século. Ao fim da década de 60, com a difusão dos computadores, foi possibilitada a automatização dessa identificação. Em 1969, após a contratação do (NBS) National Bureau of Standarts pelo FBI, a fim de que se realizassem estudos do processo de classificação de impressão digital automatizada. Por meio de pesquisa, foram identificadas duas vertentes "escaneando" cartões de impressão digital, extraindo os pontos de cada impressão digital e procurando, comparando e confrontando listas de impressões com um banco maior de impressões digitais. Em 1975, o FBI fundou a tecnologia de desenvolvimento para “escaneamento” de impressão digital., que originaria a invenção de um protótipo de leitor, o qual era baseado a priori em técnicas capacitivas. Com o passar do tempo, o NIST (antigo NBS) Institute of Standarts and Technology, se tornou líder na pesquisa dedigitalização das impressões digitais feitas com tinta e os efeitos decorrentes da compressão das imagens na qualidade dessas. O trabalho desse órgão deu origem ao primeiro algoritmo operacional para o confronto de dados, o M40. Com a evolução dessa ciência, em 1981, a AFIS Automated Fingerprint Identification Systems já havia criado cinco sistemas automáticos de identificação digital. Mediante a expansão dos diversos bancos de dados e dos diversos métodos de identificação, a fim de que houvesse troca entre os diversos bancos de dados, foi necessária a criação de normas para padronizar as diversas informações. Grande parte das informações de identificação por meio da impressão digital foi utilizada pela comunidade de justiça criminal dos EUA. Em 1999 começam a surgir os primeiros produtos comerciais de indentificação da impressão digital para controles de acesso, logon e funções de verificação.
Biometria
O que é biometria?

Morfologicamente a palavra deriva de bios que quer dizer vida e  metron cujo significado é medida. Em certa medida, trata-se de um estudo estatístico dos padrões comportamentais e físicos do ser humano. Atualmente o termo encontra-se vinculado ao uso do corpo em mecanismos de identificação. Segundo o dicionário “Michaelis”, biometria é a ciência da aplicação de métodos de estatística quantitativa a fatos biológicos. Em suma, o signo biometria faz menção a um sistema automatizado que possui a capacidade de identificar uma pessoa segundo informações físicas e/ou comportamentais comparando-as com aquelas de seu registro.

Como funciona um sistema biométrico?
Por meio da captura de amostras referentes à aspectos físicos do ser humano. As amostras são convertidas em padrões que poderão ser comparados para identificações futuras, tendo como premissa que alguns traços físicos são exclusivos de cada ser.

Por que usar biometria?
Porque, mediante o grande fluxo de informações na economia global, informações pessoais e comerciais ao serem digitalizadas estão expostas à roubo, perda e deturpações. Assim, como instrumento de garantia da confiabilidade no armazenamento de tais informações destaca-se a biometria, no sentido de que por meio dessa, o acesso às informações cerne, tanto pessoais quanto comerciais só será garantido às pessoas certificadas.

Finalidade de Utilização
  • Identificação Criminal: 28 %
  • Controle de acesso e atendimento: 22 %
  • Identificação Civil: 21 %
  • Segurança de redes e de computadores: 19 %
  • Autenticação em pontos de vendas, ATM’s e varejo: 4 %
  • Autenticação telefônica e comércio eletrônico: 3 %
  • Vigilância e filtragem: 3 %