A íris é a zona do globo ocular responsável pelo colorido do olho,  tendo a função de 
separar a pupila da esclerótica, que constitui a parte branca do olho. O diâmetro médio da 
pupila é de 4,4 mm, e esta localiza-se no centro da íris. A íris trata-se de uma membrana 
circular de aproximadamente 12 mm de diâmetro. No contexto do globo, sua posição está 
entre a córnea e o cristalino, dilatando ou contraindo sua abertura central de acordo com a 
intensidade  da luminosidade, controlando a passagem de luz.
     A íris possui músculos em sua estrutura, responsáveis por lhe conceder esta mobilidade,  
funcionando como um diafragma de máquina fotográfica, diminuindo ou aumentando a sua 
abertura (a pupila) e selecionando a quantidade de luz que deve estimular a retina.
     A confiabilidade relacionada à íris é extremamente alta. Sua unicidade é o ponto 
fundamental para garantir essa confiabilidade, além do fato de ela permanecer estável com o 
passar dos anos, a não ser que ocorra algum evento imprevisível, como algum trauma ou 
cirurgia de glaucoma.
     A identificação através da íris dispensa o contato físico da pessoa com o aparelho utilizado 
nesse processo de identificação. Uma fotografia tirada pelo aparelho identificador de uma 
distância entre 10 cm e 60 cm pode ser considerada suficiente para a identificação do 
indivíduo de forma eficaz.
     A utilização da íris como característica para identificação e autenticação tem por base a 
validade de alguns requisitos fundamentais para sistemas biométricos:
- A Unicidade, como já foi dito anteriormente, caracterizada pelo fato de que os seres 
humanos apresentam íris suficientemente diferentes a ponto de poderem ser identificados 
através dela.
 
- A Universalidade, que está ligada ao fato de que, para ser usada em um sistema 
biométrico, a característica fisiológica, no caso a íris, deve ser inerente a todos os seres 
humanos.
 
- A Durabilidade, isto é, a inexistência de alterações significativas na íris com o passar do 
tempo.
 
- A Coletabilidade, que significa a possibilidade de se realizar uma medida quantitativa e 
qualitativa relacionada à característica biométrica.
 
     Devido ao fato de que o reconhecimento de indivíduos através da íris pode ser realizado a 
distâncias de até aproximadamente 1 metro, os padrões de íris tornam-se uma alternativa 
interessante para uma identificação e autenticação confiável de pessoas, especialmente quando 
há a necessidade de se efetuar uma busca através de bancos de dados extensos sem que 
existam falsas combinações mesmo havendo grande quantidade de registros.
     Apesar de seu pequeno tamanho e, muitas vezes, de apresentar dificuldades para a 
realização da captura da imagem, a íris possui a grande vantagem matemática de ter uma vasta 
diversificação nos padrões coletados em pessoas diferentes. Os métodos para a codificação e 
reconhecimento dos padrões de íris foram inicialmente introduzidos e descritos pelo John 
Daugman, físico da Universidade de Cambrigde, em 1993.
Figura 4. Íris Humana