Tipos de virtualização
--> Em relação à arquitetura
      Em relação à arquiterura Como anunciado acima, o hipervisor (também conhecido como VMM, monitor de máquina virtual) é uma camada de abstração implementada em software que é responsável por hospedar, gerenciar e controlar as máquinas virtuais e seus recursos. A arquitetura de virtualização pode ser classificada em dois tipos, de acordo com os hipervisores. O hipervisor tipo 1 opera diretamente sobre o hardware físico do computador (de acordo com Tanenbaum, este é “o próprio sistema operacional, já que é o único programa funcionando no modo núcleo[1]) e é por seu intermédio que o sistema operacional executa as instruções para que as aplicações funcionem. A ideia aqui é que as máquinas virtuais criadas no hipervisor possam receber sistemas operacionais diferentes, e em diferentes versões (Linux Ubuntu, Linux Debian, Windows 7, Windows XP), sendo que estes SO’s devem “acreditar” que estejam executando instruções privilegiadas sobre o hardware no modo núcleo, mesmo que na prática estes SO's sejam apenas processos que executam no modo usuário. Como as máquinas virtuais simulam o hardware real e os SO’s atuam como se executassem instruções privilegiadas, o modo núcleo do computador virtualizado com hipervisor tipo 1 pode ser dividido em dois: modo núcelo virtual (onde é instalado o sistema operacional) e o modo usuário virtual (onde são executados os processos das máquinas virtuais). O exemplo mais conhecido de hipervisor tipo 1 é o Xen. A Figura 1 esclarece a explicação acima.


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Figura 1 - Hipervisor tipo 1(Adaptado de [1])

      Tradicionalmente um sistema operacional é instalado em um computador, executar instruções privilegiadas diretamente no hardware e pode em modo usuário rodar programas diversos como navegadores web, editores de texto e jogos. O hipervisor tipo 2 nada mais é do que um programa (mais especificamente um ambiente de virtualização) que roda no sistema instalado no hardware (Windows na Figura 2) como se fosse um processo deste SO e permite a criação de máquinas virtuais, onde poderão ser instaladas várias instâncias de sistemas virtualizados (Linux na Figura 2). Neste caso o sistema operacional que recebe o hipervisor tipo 2 é chamado de sistema operacional hospedeiro, enquanto aquele que é instalado nas máquinas virtuais é chamado de sistema hóspede. Aqui se aplicam de forma análoga os conceitos de modo núcleo e usuário virtuais do hipervisor tipo 1. O primeiro deste tipo e o mais conhecido no mercado é o VMWare.

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Figura 2 - Hipervisor tipo 1(Adaptado de [1])