|
|
Neste tópico será abordado algumas vantagens e aplicações da virtualização. Recentemente a palavra virtualização e a expressão “máquina virtual”
tem tomado conta do meio acadêmico e empresarial como “tendência” para o
futuro do mercado de tecnologia da informação. Embora algumas perspectivas
para o futuro apontem no caminho da virtualização, esta é mais atinga do
parece: segundo, Andrew S. Tanenbaum, “a tecnologia de máquinas virtuais
tem mais de quarenta anos” [1]. A palavra virtualizar está associada ao conceito
de simular algo real em um mundo virtual, e o que se chama virtualização na
ciência da computação é exatamente o conjunto de tecnologias que permitem a
simulação de vários sistemas operacionais sendo executados em máquinas
virtuais, operando sobre um único hardware real.
Em um computador real podem existir múltiplas cópias que simulam o
hardware, que são denominadas máquinas virtuais. Tradicionalmente uma
máquina funcionaria como um servidor de banco de dados, outra como servidor
de e-mails e por exemplo, outra como um servidor FTP. A virtualização permite
o funcionamento de vários sistemas operacionais em apenas um único
computador: uma máquina virtual pode executar Windows enquanto outra
executaria Linux simultaneamente.
|
A pricipal aplicação prática da virtualização basicamente é que, em um único equipamento, a empresa que adotar esta tecnologia terá todos os seus servidores (cada um por tipo de serviço) concetrados em um único lugar. Se esta companhia quiser ir mais além, poderá ter sua rede totalmente virtualizada, economizando grandes cifras anuais com hardware.
|
|
Uma das principais vantagens pregadas pelos defensores da
virtualização é o fato de que, se um computador pode hospedar várias máquinas
virtuais, cada qual rodando seu próprio sistema operacional, então a falha de
uma destas máquinas não acarreta a falha das demais, ou seja, não é um ponto
único de falha. Esta abordagem permite que diferentes servidores funcionem em
diferentes máquinas virtuais independentes, reduzindo os custos financeiros e
técnicos para a manutenção. Ainda em relação aos custos de manutenção, ter
menos máquinas físicas significa economia de dinheiro em hardware e em
eletricidade.
Outra vantagem é a possível execução de programas mais antigos ou
de versões descontinuadas de sistemas operacionais, no mesmo hardware que
os programas mais recentes são executados. Em desenvolvimento de software,
o programador pode testar aplicações novas em diferentes sistemas, sem
precisar instalar Windows ou distribuições do Linux em máquinas diferentes.
Particionar um disco seria uma abordagem mais difícil e o número de partições
primárias é limitado.
Em termos de desempenho, a migração entre sistemas visando o
balanceamento de carga é mais fácil do que se fosse feito na operação
tradicional. Sobre isto, Diogo F. M. Mattos do GTA/UFRJ escreveu: “Ferramentas
autônomas podem realocar recursos de uma máquina virtual para a outra” e
“Toda a máquina virtual está encapsulada no VMM (monitor de máquina virtual
ou hypervisor). Sendo assim é fácil trocar a máquina virtual de plataforma” [2].
|
|
Como toda solução de engenharia, a virtualização tem também seus
problemas, sendo um deles, o próprio funcionamento da virtualização.
Organizar os servidores de forma virtualizada, pode ser entendido analogamente
como transportar vários passageiros em um único avião grande, ao invés de
cada passageiro em aviões menores: é seguro, confiável, mais barato e com
bom desempenho, porém a centralização das operações pode causar
consequências catastróficas caso o computador hospedeiro falhe de alguma
forma.
O hypervisor é uma camada de software (no caso do hypervisor do
tipo 1, este "é o próprio sistema operacional, já; que é o único programa
funcionando no modo núcleo" [3]. E para tentar
manter este desempenho, é necessário o monitoramento das máquinas virtuais,
feito geralmente por softwares especializado nesta atividade.
|
|
|
|