Routing Information Protocol (RIP)
RIPv6 - O Que Mudou?
Apesar do RIP-2 compartilhar os mesmos algoritmos básicos do RIP-1, ele suporta várias novas funções, como roteamento de domínio, etiquetas de rotas externas, subnet masks, endereços do próximo salto e autenticação.
O formato da mensagem do RIP-2, como podemos observar abaixo, mantém os campos preenchidos do RIP-1 e substitui seus espaços em branco.
comando (1) |
identificador de versão (1) |
roteamento de domínio (2) |
identificador do endereço da família (2) |
etiqueta da rota (2) |
|
Endereço IP (4) |
||
Subnet Mask (4) |
||
Próximo Salto (4) |
||
Métrica (4) |
Os campos roteamento de domínio e próximo salto, juntos, permitem vários sistemas autônomos compartilharem uma mesma rota. O campo subnet mask permite um melhor roteamento de subrede e o campo etiqueta da rota é usado para sinalizar rotas externas e é utilizado pelo EGP ou BGP.
A comunicação com subredes também sofreram algumas melhorias no protocolo RIP-2, que agora permite a existência de um campo contendo a máscara da subrede em paralelo com seu endereço, possibilitando o roteamento de subredes fora da rede.
O RIP-1 não é um protocolo seguro, pois qualquer host que envie pacotes da porta 520 do UDP é considerado um roteador por seus vizinhos tendo, portanto, estas informações por eles processadas.
O RIP-2 dispõe de um esquema de autenticação através de um comando de especificação no pacote. A autenticação utiliza o espaço de uma entrada, sendo que a função dos campos são alteradas:
comando (1) |
identificador de versão (1) |
roteamento de domínio (2) |
0xFFFF |
tipo de autenticação(2) |
|
Autenticação (16) |
O único tipo de autenticação é o 2, que corresponde à senha simples. Os 16 bytes restantes contêm o texto da senha.
Ao receber um pacote, o roteador verificará se o campo de autenticação está presente, o que provará a origem do pacote.
Apesar de já ter alguma melhoria no que diz respeito à segurança, esta autenticação é facilmente burlada por meio da cópia da senha de outros pacotes na rede.
Corresponde ao número que identifica o sistema autônomo que enviou a mensagem. Isto permite que, por exemplo, dois sistemas autônomos compartilhem um mesmo cabo. Isto é possível porque mesmo que o roteador de um sistema autônomo receba pacotes de vários outros sistemas, ele poderá identificar qual deles é destinado à sua rede em particular.
Aliada a esta melhoria está a possibilidade de fazer o roteamento de um sistema autônomo para outro num mesmo cabo indicando um host mais próximo do destino, ao invés do roteador da rede, por meio do Próximo Salto. O propósito do próximo salto é, além de otimizar o sistema, fazendo com que os pacotes não passem por roteadores desnecessários, é particularmente útil quando o RIP não é usado em todos os roteadores de uma rede. O diagrama da estrutura citada, se encontra a seguir:
O RIP-1 enviava seus pacotes para todos os nós do cabo. Isto fazia com que não só roteadores recebessem mas também por hosts que estavam no mesmo cabo, o que sobrecarregava muito a rede.
O RIP-2 resolve este problema definindo um IP classe D para endereço multicast: 224.0.0.9
Com esta configuração, o RIP-1 não receberia os pacotes multicast, para evitar que isto acontecesse, foi necessário compatibilizá-lo com o RIP-1 por meio dos modos de operação:
- Envia pacotes RIP-1 em modo broadcast;
- Envia pacotes RIP-2 em modo broadcast;
- Envia pacotes RIP-2 em modo multicast.
Cada um destes modos deve ser usado dependendo da relação de uso entre RIP-1 e RIP-2 na rede em questão.