Introdução
Tipos
de Satélites
Redes
VSAT
Conclusão
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Tipos de Satélites O termo satélite
empregado atualmente vem do latim satelles ou satellitis, que sigifica
corpo que gravita em torno de um astro de massa preponderante (dominante),
em particular ao redor de um
planeta. Daí a necessidade de diferenciação inicial entre satélites
naturais (corpos celestes) e artificiais que são os engenhos construídos
pelo homem. O difícil objetivo deste item é conseguir dividir em categorias as
centenas de satélites artificiais já lançados pelo homem. Desde os satélites
de órbita elíptica excêntrica, com o zenit no hemisfério norte e órbitas
de 12 horas, usados (pela série Molniya) no início da década de 60
muitos avanços ocorreram tanto na tecnologia de foguetes quanto na
velocidade dos circuitos eletrônicos e sua integração. Assim
dividiremos os satélites artificiais entre as categorias finalidade e órbita. 1)
Finalidade Dentre dessa categoria, existem os satélites militares, os científicos,
navegação e os de comunicações Segundo
consta na literatura, cerca de 75% dos satélites lançados a partir de
1957, tem finalidades militares. Desenvolvidos com os objetivos de
telecomunicação, observação, alerta avançado, ajuda à navegação e
reconhecimento, os satélites militares, em função do objetivo a que
foram concebidos, giram em diferentes altitudes e, por conseqüência órbita.
Atualmente os EUA possuem tecnologia de altíssima resolução espacial,
como o Big Bird, que podem identificar objetos de poucos centímetros de
comprimento. Também no segmento bélico destaca-se o Key Hole, que
espionam alvos e transmitem, com uma varredura igual a da televisão, em
tempo real. Mais uma prova de que o segmento bélico é pioneiro na
descoberta de novas tecnologias é o GPS
(Global
Positioning System).
Utilizado em sistemas de navegação, a constelação de 16 satélites
americanos fornece aos portadores de terminais a localização acurada de
onde se encontram. Os
satélites científicos englobam os meteorológicos, os de exploração do
universo e os de coletas de dados da Terra. Os meteorológicos visam a óbvia
tarefa de identificação do clima, possibilitando a prevenção de mortes
por desastres naturais como furacões ou chuvas de granizo. Já os de
exploração do universo, tem seu alvo voltado justamente para a
exploração do espaço a fim de obter mais conhecimento da Terra, do
sistema solar e do universo como um todo para que, quiçá, um dia
tenhamos a condição de entender um pouco mais o nosso passado e o futuro
que virá. E, o último dos satélites científicos, o de coleta de dados,
que visa elaboração de informações sobre fenômenos físicos, químicos,
biológicos da superfície da Terra e da atmosfera, através de uma gama
infinita de sensores existentes. Por fim, os satélites
de comunicação que são utilizados na transmissão mundial de informações
digitais, especificamente para o mundo civil. Os satélites de comunicação
podem ter acessos múltiplos, isto é, servir simultaneamente a diversas
estações terrestres de localidades ou mesmo de países diferentes. Como
será visto a seguir sua utilização não é restrita a nenhuma órbita
ou banda e é o foco deste trabalho. 2) Órbita Existem três tipos de órbitas que um satélite pode cursar. A primeira
e mais comum delas é a geoestacionária utilizadas para fins de comunicação.
Posicionados a uma altitude entre 35800 km e 36000 km, os satélites
gastam 23h e 56 min para dar uma vota em torno da Terra que, não por
coincidência , é o mesmo período de rotação de nosso planeta. Neste
caso a órbita é denominada geosíncrona apenas. Se o plano da órbita se
confundir com o equador, o satélite parecerá estático a um observador
terrestre, devido ao fato dos dois terem a mesma velocidade angular e eixo
de rotação. Para este caso é atribuído um nome especial, órbita
geoestacionária. Devido a este fato, é disputada a altitude referida sob a linha do
equador, já que a fim de não haver interferência entre satélites os
mesmos devem estar afastados de 2o no mínimo. Assim, limita-se
em 180 o número de satélites nesta órbita que já possui satélites de
várias finalidades como transmissão de televisão, governamental e
militar. A utilização de freqüências diferentes poderia solucionar
este problema diminuindo a distância entre os satélites, porém o
aumento das freqüências além de ser tecnologicamente custoso por
produzir equipamentos muito específicos também é polêmico devido aos
acordos interacionais de utilização das bandas de freqüências. Nos primeiros
trinta anos, os satélites de baixa órbita raramente eram usados em
comunicações devido ao fato que as antenas não mantinham a visada por
muito tempo. Geralmente eram utilizados com propósitos de sensoriamento
científico ou militar durante todos estes anos. Porém, no início da década
de 90, a Motorola investiu em um projeto nomeado Iridium que constituía
em uma cadeia de 77 satélites espalhados pelo globo. Estes satélites,
mais tarde reduzidos ao número de 66, tinha o objetivo de que qualquer
dispositivo portátil poderia se comunicar diretamente com o satélite que
possuísse a célula em que o dispositivo se encontrasse, ou seja, tanto o
usuário quanto à célula estariam em movimento. Tal projeto não alcançou
o sucesso esperado e atualmente tanto a Motorola quanto todas as outras
empresas que a sucederam com o mesmo tipo de idéia (Globalsat, Odyssey e
Ico) continuam operando em meio às dificuldades. Existem também os satélites de órbita elíptica e excêntrica
utilizado no início da exploração deste segmento pela União Soviética,
como dito anteriormente, com uma órbita de 12 hs. Como a explicação de
seu funcionamento é demasiadamente complicada e fora do escopo do
trabalho (atualmente quase sem uso, exceto pelo ramo militar) não será
aprofundado este tópico. 3)
Banda O conceito de banda na classificação dos satélites envolve a faixa de freqüência tanto para o uplink (caminho percorrido pelas ondas eletromagnéticas até o satélite) quanto para o downlink (caminho das ondas do satélite). O downlink e o uplink possuem freqüências diferentes a fim de não causar interferirencia mútua. Abaixo seguem uma tabela de todas as bandas encontradas nas transmissões por satélite.
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Atualização18/12/2002