2. Impressão Digital
A utilização das impressões digitais como biometria é a mais antiga modalidade de identificação pessoal e o mais usado hoje em dia. No entanto, esta generalização do uso das impressões digitais, foi e ainda é, em grande medida para aplicação da lei. Recentemente, esta técnica de identificação tem sido aplicada a produtos e serviços de uso civil ou comercial, tais como controle de acessos, transações eletrônicas, uso de cartões de crédito ou acesso a bases de dados.
O estudo sobre a impressão digital nos trás segurança na sua utilização, para a identificação e autenticação, principalmente devido a sua unicidade. É também a que apresenta mais estudos dentre todos os outros tipos biométricos. No entanto existe um problema que reside na qualidade da própria impressão digital, por volta de 4% da população mundial tem impressões digitais de baixa qualidade, ou seja, com deformações permanentes ou temporárias que podem ir desde simples cortes até sujeiras  na ponta dos dedos. Este problema pode ser relevado levando em consideração que um indivíduo tem dez dedos que podem ser utilizados na identificação e autenticação, e que cada um tem uma impressão digital diferente de todos os outros. Para além do vasto conhecimento acerca das suas características, outra das vantagens na sua utilização reside na variedade de sensores existentes para a aquisição de imagens de impressões digitais. Estes podem ser facilmente incorporados em qualquer sistema reduzindo significativamente a complexidade de desenvolvimento dos mesmos. No entanto a imagem adquirida deve ter uma qualidade mínima para que o processo funcione automaticamente.
A impressão digital pode ser conseguida de duas maneiras: através de sensor ou pela digitalização de imagens previamente adquiridas em papel ou vidro. O primeiro método onde a imagem é retirada diretamente do dedo é chamado de “live-scan”. Para este tipo de aquisição existem tipicamente dois tipos de sensor: óptico e capacitivo; o tipo de sensor determina a qualidade da imagem adquirida. O segundo método, conhecido por “inked”, pode ser dividido em três tipos: “rolled” na qual é aplicada uma camada de tinta no dedo que depois é rolado em papel de uma ponta da unha à outra ; “dab” idêntico ao anterior exceto na impressão em papel que se faz apenas pressionando o dedo e retirando- o logo em seguida; “latent” que corresponde às impressões deixadas nos objetos quando estes são tocados por uma pessoa. Este último método é utilizado na investigação criminal durante a verificação do local do crime.