A utilização das impressões digitais como biometria é a mais antiga modalidade de
identificação pessoal e o mais usado hoje em dia. No entanto, esta generalização do uso das
impressões digitais, foi e ainda é, em grande medida para aplicação da lei. Recentemente,
esta técnica de identificação tem sido aplicada a produtos e serviços de uso civil
ou comercial, tais como controle de acessos, transações eletrônicas, uso de
cartões de crédito ou acesso a bases de dados.
O estudo sobre a impressão digital nos trás segurança na sua utilização,
para a identificação e autenticação, principalmente devido a sua unicidade. É
também a que apresenta mais estudos dentre todos os outros tipos biométricos.
No entanto existe um problema que reside na qualidade da própria impressão
digital, por volta de 4% da população mundial tem impressões digitais de baixa
qualidade, ou seja, com deformações permanentes ou temporárias que podem ir
desde simples cortes até sujeiras na ponta dos dedos. Este problema pode ser
relevado levando em consideração que um indivíduo tem dez dedos que podem
ser utilizados na identificação e autenticação, e que cada um tem uma impressão
digital diferente de todos os outros. Para além do vasto conhecimento acerca das
suas características, outra das vantagens na sua utilização reside na variedade de
sensores existentes para a aquisição de imagens de impressões digitais. Estes
podem ser facilmente incorporados em qualquer sistema reduzindo
significativamente a complexidade de desenvolvimento dos mesmos. No entanto a
imagem adquirida deve ter uma qualidade mínima para que o processo funcione
automaticamente.
A impressão digital pode ser conseguida de duas maneiras: através de
sensor ou pela digitalização de imagens previamente adquiridas em papel ou
vidro. O primeiro método onde a imagem é retirada diretamente do dedo é
chamado de “live-scan”. Para este tipo de aquisição existem tipicamente dois
tipos de sensor: óptico e capacitivo; o tipo de sensor determina a qualidade da
imagem adquirida. O segundo método, conhecido por “inked”, pode ser dividido
em três tipos: “rolled” na qual é aplicada uma camada de tinta no dedo que depois
é rolado em papel de uma ponta da unha à outra ; “dab” idêntico ao anterior exceto
na impressão em papel que se faz apenas pressionando o dedo e retirando- o
logo em seguida; “latent” que corresponde às impressões deixadas nos objetos
quando estes são tocados por uma pessoa. Este último método é utilizado na
investigação criminal durante a verificação do local do crime.