QUALIDADE DE SERVIÇO
Para que se possa medir a qualidade da voz obtida, deve-se pré-estabelecer uma métrica a ser seguida, de tal forma a definir os níveis de qualidade de voz e os correspondentes valores limites dos parâmetros de desempenho de rede. Podem ser utilizadas as seguintes métricas:
• Vazão: taxa de transmissão em bits por segundo (bit/s);
• Atraso por pacote: tempo que um pacote leva da origem até o destino;
• Variação no atraso: é a variação do atraso por pacote entre dois pacotes subjacentes. Por meio dessa métrica, consegue-se analisar quão constante é o roteamento de pacotes processado por salto (hop);
• Taxa de perda de pacotes: quantidade de pacotes que foram descartados por fluxo
numa transmissão de dados (Voz).
Existem duas formas para medir os parâmetros de desempenho. Um onde o tráfego é unidirecional, isto é, os agentes geradores e coletores se posicionam em máquinas distintas (origem e destino, respectivamente); e outro é quando o tráfego é gerado e coletado numa mesma máquina. Nesse segundo caso, é preciso mais um agente, responsável por refletir os dados na máquina destino.
Note que a aferição da qualidade não pode ser feita predefinindo um dia da semana, duração e um horário das chamadas, pois o estado da rede se altera no decorrer do período.
Portanto, é necessário realizar várias rodadas de teste durante todo o período de interesse de realização (8 horas ou 24 horas).
atraso: tempo gasto entre o envio e o recebimento do pacote. Ocorre devido a distancia física e a problemas na rede.
Os atrasos podem ser dos seguintes tipos:
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Atraso de Propagação: O atraso de propagação depende do tipo de meio, da distancia percorrida e é considerado atraso fixo;
Atraso de Empacotamento: Tempo necessário para se gerar um número suficiente de quadros de voz para preencher o payload do pacote IP.
Atraso nos Nós da Rede: O atraso de enfileiramento é o principal atraso que os pacotes sofrem dentro da rede.
Atraso devido ao Dejitter Buffer: O jitter é introduzido no sistema através do comportamento aleatório do tempo de enfileiramento dos pacotes nos roteadores. Uma das soluções que podem ser usadas para compensar esta variação é a introdução de buffers (“dejitter buffers”), com a função de armazenar os pacotes que chegam com atraso variável e entregá-los ao receptor. Se a variação do atraso for muito alta, o atraso adicional necessário para compensar a variação pode resultar em um atraso fim-a-fim inaceitável. É definido, então, um valor máximo de atraso aceitável para o “dejitter buffer”. Qualquer pacote que chegar após esse tempo será descartado.
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Perda de Pacotes: pacotes enviados podem se perder por erros na transmissão de tal maneira que o receptor não receba a transmissão completa ou nem a receba. Tais erros podem ser, entre outros, switches e estouro do buffer de recepção nos roteadores; neste caso, os pacotes que chegarem e encontrarem o buffer cheio serão descartados. Caso a perda seja menor que 5% do total de pacotes a qualidade não é significativamente afetada. No caso de aplicações em tempo-real, é melhor perder uma pequena porcentagem dos pacotes do que atrasar a transmissão com buffers de grande capacidade.
Na prática temos problemas que ainda devem ser solucionados como:
§ A voz fica na maior parte das vezes metalizada;
§ Não há grande segurança.
§ Eco: muito mais do que nas redes de telefonia comum baseadas em comutação de circuitos, no sistema de VoIP ocorre o problema do eco. Eco é sentindo quando há um desencontro entre o sinal mandado e refletido, de tal maneira que a diferença entre os dois é maior do que 40 ms, valor no qual o ouvido humano consegue captar diferentes sons. . Este fenômeno também pode ser observado quando é utilizado um conjunto alto-falante microfone no receptor, possibilitando que o sinal seja captado pelo microfone e reenviado ao transmissor.