Introdução das Redes P2P

Funcionamento

Rede peer-to-peer ou P2P funciona fazendo com que cada um dos nós da rede funcione tanto como cliente quanto servidor. Essa arquitetura permire com que serviços e dados possam ser compartilhados sem a necessidade de um servidor central. Através da utilização de softwares específicos que estabeleçam essa conexão, uma rede P2P pode ser configurada em casa, em empresas ou até mesmo na internet.

O fato mais interessante das redes P2P é que todos os Peers ou participantes da rede são igualmente privilegiados na aplicação. Cada computador agindo como um nó fica responsável por uma parte dos recursps da rede, podendo esses recursos serem armazenamento de dados, poder de processamento ou até mesmo largura de banda. Diferentemente do modelo cliente-servidor, onde um servidor central alimenta os clientes da rede, nos sistemas P2P todos os computadores interligados são fornecedores e consumidores de recurso.

Um outro ponto importante a ser comentado é que o número de conexões simultâneas efetivadas pelo sistema varia de acordo com a largura de banda do usuário, ou seja, quanto maior a velocidade da sua interne, no caso de uma rede P2P utilizada através da internet, mais conexões e maior a velocidade de dowload. Não existe limite para a velocidade de download quando essa arquitetura é utilizada.

Trocas de arquivos feitas através de uma rede P2P são compartilhadas em pedaços, de forma que, através da conexão simultânea com vários usuários, seja possível receber partes do arquivo de cada um deles, de acordo com a disponibilidade e maximizando a velocidade de download.

Utilização no Presente

Atualmente é possível ver que muitas grandes empresas tradicionais têm enxergado potencial nas redes P2P quando comparadas ao modelo cliente-servidor tradicional. Atualmente podemos citar companhias como Deloitte Touche Tomatsu e Intel, empresas essas que perceberam que uma central de banc de dados não é mais necessária ao utilizar uma rede P2P, tornando muito menos custosa e mais rápida a escalabilidade.

Existem também outras iniciativas que tentam unir o melhor dos dois sistemas de rede. Uma grande virada no desenvolvimento de redes P2P pôde ser observado quando a Microsoft investiu 51 milhões de dólares na companhia chamada Groove Networks. Essa empresa está implementando uma técnica híbrida no seu desenvolvimento de rede P2P, isso quer dizer que estão sendo utilizadas técnicas tanto de centralização quando descentralização.

Um grande problema que a utilização de redes P2P tem enfrentado atualmente se refere ao compartilhamento de material ilegal. Por não existir um servidor dedicado para a transferência dos arquivos na rede, é um grande desafio garantir que os usuários não estejam enviando conteúdo ilegal ou protegido por copyright. Até o momento não existe solução para esse problema, mas é importante que as pesquisas avancem nesta direção já que as responsabilidades legais costumam cair sobre os responsáveis pelas redes (tais como Kazaa ou Napster), mesmo que eles não disponham de ferramentas para fazer o controle.

Para impedir ações ilegais, empresas fonográficas estão criando pseudo-usuários para compartilhar arquivos corrompidos ou com nomes que confundam o usuário, apesar da legalidade desse tipo de ação esrar sendo questionada. As medidas mais aceitas nos dias de hoje é processar usuários ou identificar os usuários mais pesados, possivelmente os fornecedores.

Previsões Futuras

É bem difícil prever o futuro do P2P enquanto não forem resolvidos todos os problemas legais, já que na situação atual, as companhias precisam gastar muitos recursos para se protegerem dos processos legais, e qualquer sistema que se torne muito grande acabará sendo descontinuado devido a isso. A única forma de "driblar" isso que pode ser imaginada atualmente são iniciativas tais como aquelas que o Piratebay tentou implementar: Transformar o sistema em algo tão descentralizado e anárquico que nenhum usuário possa ser responsabilizado. Já começam a despontar algumas iniciativas no sistema financeiro, como o "BlockChain" associado a plataforma "Ethereum"

Uma das questões a serem abordadas no futuro são os "freeloaders", usuários tóxicos que apenas se beneficiam da rede sem contribuir, ou seja, sem se tornar disponível para distribuir o conteúdo para outros usuários. Muitos sites de torrent privados como "ManicomioShare" ou "GazelleGames" já possuem um sistema de expulsão caso seja verificado que o usuário não contribui para o crescimento do sistema. Já no caso do "MojoNation" os usuários ganham uma espécie de moeda virtual chamada "mojo" de acordo com seu grau de comprometimento com o crescimento da rede, moeda essa que pode ser utilizada em um mercado digital interno. Todas essas são excelente iniciativas mas nenhuma delas foi definitiva em eliminar a prática de freeloading, tanto que muitos grandes sistemas públicos P2P não possuem ainda nenhuma estratégia para contornar esse problema.

A busca é uma área na qual certamente o P2P se beneficiará no futuro, já que, por sua natureza, essas redes permitem que uma consulta enviada a um certo número de máquinas se propague exponencialmente de máquina a máquina até que a busca forneça um resultado, eliminando a necessidade de grandes centrais de mecanismos de busca.

Como já foi citado anteriormente, grandes empresas já estão utilizando redes P2P como excelentes alternativas à utilização de bancos de dados e todas as previsões afirmam que essa tendência aumentará ainda mais nos próximos anos, fazendo com que as companhias tradicionais aprendam a abraçar as redes P2P e tudo que elas podem trazer como benefício para a tecnologia ao invés de tentar em vão sufocá-la.

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