Cooperação

O Projeto da Internet2 foi concebido por universidades norte-americanas para atender às necessidades de desenvolvimento de tecnologias de informação da comunidade acadêmica dos EUA. Inicialmente, o serviço de redes para entidades fora do país não constituía um dos focos marcantes do projeto.

Em 1997, a CANARIE - Canadian Network for Advanced of Research, Industry and Education, foi a primeira rede fora dos EUA a inaugurar um acordo de cooperação internacional para participação na Internet2. Desde então, a demanda para o estabelecimento de acordos internacionais para conexão a Internet2 tem sido cada vez maior. Essa tendência tem promovido a implantação de enlaces internacionais que vão assegurar a interoperabilidade global de redes avançadas, permitindo a colaboração entre centros de pesquisa, universidades e demais instituições acadêmicas em todo o mundo para o desenvolvimento de tecnologias de rede de última geração.

A participação de instituições estrangeiras na Internet2 é estabelecida através de "Memorandos de Entendimento", conhecidos como MoU (Memorandum of Understanding), ou seja, documentos que estabelecem acordos de trabalho mútuo com o objetivo de fixar metas comuns aos países ou redes participantes do Projeto. A participação dessas instituições, assim como a de membros norte-americanos, é aberta; ou seja, qualquer organização com interesse em estabelecer uma relação baseada em um MoU com a Internet2, e com condições técnicas para tal, poderá fazê-lo. Em geral, as instituições interessadas são organizações comprometidas em atingir metas similares às da Internet2 em seus respectivos países, além de universidades, centros de pesquisa e instituições sem fins lucrativos.

Hoje, há um número bastante significativo de redes de pesquisa e educação de alta performance que já assinaram MoUs e já estabeleceram conexões para participação na Internet2. São elas:

. SURFNet, Holanda
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CANARIE, Canadá
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APAN, Ásia-Pacífico
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SINGAREN, Singapura
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NORDUNET, países nórdicos
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RENATER, França
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IUCC, Israel

Algumas ainda não estabeleceram conexões, mas já tem os acordos (MoU) assinados, como:

. JAIRC, Japão
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CUDI, México
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INFN-GARR, Itália
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TERENA, Europa
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UKERNA, Reino Unido
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DFN-Verein, Alemanha

Os enlaces com as redes estrangeiras são estabelecidos através de gateways de acesso nos dois backbones norte-americanos que dão suporte à Internet2: o vBNs - Very High Performance Backbone Network System, da NSF - National Science Foundation, e a ABILENE, da UCAID - (University Corporation for Advanced Internet Development) e empresas de tecnologia.

A NSF, para incentivar a interconexão de redes avançadas norte-americanas e não-americanas, lançou o programa HPIIS - High Performance International Internet Services. Esse programa assiste no custeio da conectividade internacional e promove a conexão ao vBNs via o STAR TAP - Science, Technology and Research Transit Access Point, localizado no Laboratório de Visualização Eletrônica da Universidade de Illinois, em Chicago.

Atualmente, os três grandes consórcios que recebem recursos do HPIIS são:

· o Eurolink, consórcio recentemente conectado ao STAR TAP, formado pelo Laboratório de Visualização Eletrônica da Universidade de Chicago e quatro redes acadêmicas nacionais européias: Nordunet (países nórdicos), SURFnet (Holanda), RENATER2 (França) e IUCC (Centro Inter-universitário de Computação em Israel). Recentemente, o instituto de física suíço, CERN, iniciou o processo para viabilizar sua conexão com o vBNS e integrar esse consórcio.

· a TransPAC, consórcio entre a Universidade de Indiana e a APAN (Asian Pacific Advanced Network group, composto pelo Japão, Singapura, Austrália e Coréia), e

. a MIRnet, consórcio entre a Universidade do Tennessee e a Rússia.

O STAR TAP, lançado em 1997 pela NSF, é o ponto onde convergem fisicamente enlaces de várias redes continentais e intercontinentais para a troca de tráfego. O STAR TAP é operado pela Ameritech Advanced Data Services, e controlado pelo Laboratório deVisualização Eletrônica da Universidade de Illinois, em Chicago, e pelo Laboratório Nacional de Argonne.


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