Para saber mais...


O que é um GigaPOP?

GigaPOP é o nome atribuído pelo consórcio Internet2 à estrutura responsável pela comutação e gerenciamento de tráfego entre as redes de uma mesma região. Os GigaPOPs deverão, ainda, coletar dados sobre a utilização da infra-estrutura de redes (vBNS), compartilhando-os entre si e com os operadores das redes que a eles estão conectados. Estas informações permitirão o agendamento (schedule) de eventos na rede, monitoramento (monitoring), fornecimento de serviços de conectividade (connectivity), solução de problemas (troubleshooting) e contabilidade de uso (account).

Cada GigaPOP deverá servir entre 5 e 10 membros do Internet2. Além disso, o consórcio norte-americano considera que um GigaPOP poderá conectar tanto seus membros como outras redes que sejam de interesse destes. Dessa forma, sua estrutura precisa dispor de tecnologia suficiente para que seja capaz de orientar, adequadamente, o tráfego de dados que segue para a rede do consórcio Internet2 (vBNS), ou apenas entre as redes regionais ou metropolitanas a ele conectadas.

A função principal do GigaPOP é a troca do tráfego Internet2 de acordo com a velocidade e qualidade de serviço especificadas pelo usuário, em tempo real. Ele deverá operar com uma equipe on-site mínima. O suporte operacional será fornecido por um pequeno número de Centros de Operação de Rede (Network Operation Centers - NOCs). Nenhum serviço de suporte ao usuário final estará disponível. Para atingir este objetivo, um conjunto de requisitos deve ser atendido:

Protocolos (Protocols)

O protocolo básico de todos os serviços do Internet2 será o IP. Sendo assim, qualquer dispositivo deverá suportar o IP, no caso, IPv4. Além disso, o IPv6 também deverá ser suportado.

Mas não apenas os protocolos do conjunto TCP/IP deverão estar disponíveis. Para aplicações como vídeo conferência é necessária a garantia de qualidade de serviço (QoS), fornecida pelo protocolo RSVP, assim como outras características de roteamento que são fornecidas pelo protocolo IGMP (Internet Group Message Protocol).

Roteamento (Routing)

Os GigaPOPs são responsáveis pela implementação de qualquer Política de Uso Aceitável (AUP) definida pelo consórcio Internet2. É importante notar que a conectividade física com o GigaPOP não implica em permissão ou habilidade para troca de tráfego com qualquer outra instituição que possua uma conexão deste tipo. As políticas de roteamento vão ser usadas para reforçar não apenas as regras do consórcio Internet2, mas também os acordos bilaterais que controlarão as trocas de tráfego entre GigaPOPs.

Velocidade (Speed)

A velocidade pode variar em função da quantidade de aplicações Internet2 que estejam sendo utilizadas nas redes conectadas ao GigaPOP. O ponto mais importante para o GigaPOP é que este deve ter certeza da capacidade adequada para antecipar a carga de tráfego. Espera-se um desempenho entre frações de uma conexão T3/DS3 (45 Mbps) até conexões OC-12 (Optical Carrier 12 à velocidade de 622 Mbps).

Enlace (Links)

Estão sendo utilizados enlaces dedicados (PVC - Private Virtual Circuits) ATM para conexão ao vBNS (Very High Speed Backbone Service), além de outros enlaces SONET. Os enlaces entre os roteadores conectados por redes de longa distância serão fornecidos tipicamente por comutadores (switches) baseados em quadro (frame-based) ou em célula (cell-based), dependendo das necessidades de cada GigaPOP.

Medidas de Uso e Contabilidade (Monitoring)

Os custos para a conectividade inter-gigaPOPs ainda não são conhecidos. Eles poderão variar em função das circunstâncias e dos serviços oferecidos. Portanto, é extremamente importante que os GigaPOPs guardem as estatísticas necessárias para uma alocação de custos razoável entre os membros do consórcio. Alguns objetivos são claros:

No começo, o modelo a ser adotado será semelhante à Internet fase 1 com a divisão igual dos custos, talvez cobrando pela velocidade da conexão. 

Facilitando a agregação regional

GigaPOPs são, por definição, pontos de agregação. Porém, em alguns pontos o custo do transporte digital poderá encorajar, no lugar de um ponto de agregação, uma hierarquia de pontos de troca dentro dos limites daquela região. Nestes casos, o consórcio Internet2 deverá ser capaz de coordenar a relação custo/benefício.

Transferência de Tecnologia

Assim como o Internet2 possui como objetivo a transferência de tecnologia para a Internet atual (ou fase1), os GigaPOPs ocupam um papel-chave na transferência de tecnologia para os membros do consórcio Internet2.

Colaboração entre GigaPOPs

A troca de experiência entre os GigaPOPs é de grande importância para o projeto Internet2. Apesar das aplicações Internet2 estarem disponíveis para todos os membros do projeto, nem todos os participantes estarão envolvidos em cada um dos experimentos das aplicações mais avançadas. Em alguns casos, um experimento poderá envolver até mesmo uma única instituição ligada a um GigaPOP.

Outros serviços oferecidos pelos GigaPOPs

Considerando que a coleta dos dados das operações é uma das atividades básicas para os GigaPOPs, será necessária uma infra-estrutura local com alta capacidade de armazenamento de dados (discos). Assim, serviços de Cache/Proxy, onde cópias locais dos arquivos e dados são mantidas e consultadas no lugar de transferidas de suas fontes remotas, também deverão ser utilizados. Os dados produzidos em um GigaPOP deverão também estar disponíveis para os membros do consórcio.

Segurança

Os operadores da rede deverão se manter atualizados em relação às formas tradicionais de ataque agrupadas, de modo geral, em 3 grupos: ataques, uso não autorizado da rede e uso inapropriado da rede. A estratégia da Internet procurou apoiar-se no controle efetuado mais no nível das aplicações, porém estas evoluíram de modo lento e o controle acabou recaindo sobre as funcionalidades da própria rede como, por exemplo, através dos firewalls. Desse modo, recursos de segurança de rede deverão ser utilizados, mas sempre o mais próximo possível das redes do sistema final, ou seja, das redes locais ou no nível dos campi universitários, por exemplo.


Retornar


IPv6

Todos os dados que circulam na Internet, a rigor, estão encapsulados em pacotes. Os pacotes para chegarem a seu destino são "etiquetados" com diversas informações que compõem o cabeçalho do pacote. Uma dessas informações é um endereço numérico, medido em bits (base binária e não decimal como estamos acostumados a contar). Atualmente, o formato dos pacotes é especificado pelo IPv4 (Internet Protocol version 4), mas este protocolo já está atingindo seu limite. A quantidade exponencial de computadores na Internet está levando ao esgotamento da quantidade de endereços IPv4 disponíveis. Esse é um dos motivos que levou a criação do IPv6, ou Ipng, que prevê, neste caso, um endereçamento 4 vezes maior que seu antecessor, além de otimizar as informações dos cabeçalhos dos pacotes, considerando a tecnologia de redes atual. Voltar


Abilene - O backbone IP mais avançado do mundo

Em 14 de abril de 1998 foi lançado, nos Estados Unidos, o projeto de criação da maior e mais avançada rede norte-americana: a Abilene. O projeto foi desenvolvido pela UCAID (University Corporation for Advanced Internet Development) e seu acesso feito através da rede nacional de fibras ópticas da Qwest, com tecnologia das empresas Cisco System e Nortel (Nortel Telecom). A Rede Abilene representa um imenso potencial para o desenvolvimento de novas tecnologias Internet, oferecendo suporte para o desenvolvimento das aplicações que são o foco do Projeto Internet2, tais como: laboratórios virtuais, bibliotecas digitais, ensino à distância, tele-medicina e tele-imersão, dentre outros. Esta rede oferece ainda a segurança, a confiabilidade e as inovações tecnológicas exigidas para a realização de pesquisas dentro do novo padrão I2.

Conectando-se, ainda, com redes avançadas de pesquisa e educação e com o vBNS da National Science Foundation, a Abilene exerce um papel fundamental na iniciativa federal norte-americana de apoio ao Projeto Internet2, resultando numa rede de altíssima velocidade voltada ao setor acadêmico.

Operando a 2,4 Gigabits por segundo, numa rede de mais de 16 mil quilômetros de fibra óptica, a Abilene oferece às instituições membros da UCAID oportunidades de interconexão num patamar de velocidade sem precedentes.

Conectando 37 universidades do Projeto Internet2 desde 24/02/98, a rede Abilene deverá estar em funcionamento pleno ao fim de 1999, com mais de 70 Universidades interligadas.

ABILENE - http://www.ucaid.edu/abilene/


Retornar