A Estrutura de Gestão de Informação (SMI, do inglês
Structure of Management Information) fornece uma maneira
de definir os objetos gerenciados e seus comportamentos. Um
agente tem em posse uma lista de objetos que ele controla.
Um possível objeto é o status operacional de uma
interface do roteador (por exemplo, up, down,
ou testing). Essa lista define coletivamente as
informações que o gerente pode utilizar para determinar a
saúde geral do dispositivo no qual seu agente reside.
Basicamente, podemos pensar
em um banco de dados de objetos gerenciados e rastreados
pelos agentes onde qualquer tipo de status ou dados
estatísticos pode ser acessado pelo gerente. Isso recebe o
nome de Management Information Base (MIB).
Enquanto o SMI fornece uma maneira para definir objetos
gerenciados, a MIB é uma definição (usando a sintaxe da SMI)
dos próprios objetos. Analogamente, a MIB se comporta em
relação ao objeto como um dicionário se comporta perante uma
palavra. Inicialmente, define o nome textual de um objeto
para depois lhe atribuir um significado ou uma definição.
Um agente pode implementar
muitas MIBs, mas todos os agentes implementam uma MIB
particular chamada MIB-II (RFC 1213). Essa norma é
responsável por definir variáveis para estatísticas de
interface (velocidades de interface, MTU, octetos enviados,
octetos recebidos, etc.) e status pertencentes ao
sistema (localização do sistema, de contato do sistema,
etc.). Em suma, o principal objetivo do MIB-II é fornecer a
informação TCP/IP geral de gestão.
O Protocolo SNMP não define
quais informações (quais variáveis) um sistema de gestão
deve oferecer. Esse dispõe de um design extensível no
qual a informação disponível é definida pelas bases de
informação do gerenciamento (MIBs). As MIBs descrevem a
estrutura de gestão dos dados de um subsistema de um
dispositivo por meio do uso de denominações hierárquicas
contendo os identificadores dos objetos (OID). A grosso
modo, cada OID identifica uma variável que pode ser lida ou
escrita via SNMP. Sempre lembrando que as MIBs utilizam a
notação regulada pela ASN.1.
A hierarquia MIB pode ser
entendida como uma árvore de raiz anônima, tendo seus ramos
distribuídos por diferentes organizações. A camada mais alta
das OIDs da MIB se encontra padronizada em diferentes
organizações, enquanto que a camada mais baixa é alocada em
organizações associadas. Essa arquitetura permite a gestão
em todas as camadas do modelo de referência OSI. Assim, com
as MIBs podendo ser definidas para cada área específica de
informação e operação, é possível extender as aplicações em
banco de dados, correio eletrônico e Java EE.
Um objeto gerenciado (por
vezes chamado objeto MIB, objeto ou apenas MIB) é uma das
inúmeras características específicas de um dispositivo
gerenciado. Objetos gerenciados podem assumir uma ou mais
instâncias dos objetos essencialmente variáveis
(identificados pelas suas OIDs).
Existem dois tipos de objetos
gerenciados:
1 – Escalares: definem uma única
instância para os objetos.
2 – Tabelados: definem várias instâncias
para objetos que são agrupadas em tabelas MIB.
Um exemplo de objeto
gerenciado é o atlnput que é um objeto escalar
(contém uma única instância do objeto). O seu valor inteiro
indica o número total de pacotes de entrada Apple Talk
na interface do roteador.
Um identificador de objeto(ID
do objeto ou OID) identifica unicamente um objeto gerenciado
na hierarquia MIB.
Vale a pena ressaltar que existem MIBs proprietárias
desenvolvidas pelos fabricantes dos dispositivos. Muitos
projetos e normas propostas têm sido desenvolvidas para
ajudar a gerir: frame relay; ATM; FDDI; e serviços
(e-mail, Domain Name System (DNS), etc.). Uma amostra
dessas MIBs e seus números RFC inclui:
-
ATM MIB (RFC 2515)
-
Frame
Relay Type Interface DTE
MIB (RFC 2115)
-
BGV
versão 4 MIB (RFC 1657)
-
RDBMS MIB
(RFC 1697)
-
RADIUS
Server Authentication MIB (RFC 2619)
-
Mail
Monitoring MIB (RFC 2789)
-
DNS
Server MIB (RFC 1611)
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