2.4 Autenticação por textura orientada
Autenticação por textura orientada


A partir de agora usaremos a relação entre as rugas para definir a autenticação de impressões digitais. Localmente, as rugas são paralelas. Esta configuração só é perturbada pontualmente pela presença de minúcias, as quais interrompem o andamento paralelo das rugas e podem alterar ligeiramente a orientação local. Analisando a impressão digital obtendo  informação local porém sem perder informação global, extraem-se características para medir a orientação, espaçamento entre rugas e a existência de perturbações originadas pelas minúcias em cada bloco. Estas características são obtidas através de um banco de filtros, onde cada filtro é previamente ajustado para medir características numa determinada direção.
Ao montar o banco de filtros, define-se que cada filtro mede a textura das rugas de acordo com uma direção, gerando um vetor de características que representa a orientação e o espaçamento delas (os valores deste dependem também do número de minúcias existentes em cada bloco). O filtro de Gabor tem esse papel porque realiza filtragem sintonizada e orientada segundo uma direção.

5.1. Filtro de Gabor
As funções de Gabor utilizam três parâmetros: (i) localização espacial; (ii) orientação; (iii) freqüência. São formadas por sinusóides envolvidas por uma função gaussiana. A expressão de Gaboré mostrada a seguir onde α x é a constante da envolvente gaussiana que determina a largura da função no espaço, x 0 é o centro da envolvente gaussiana que determina a localização da função no espaço, β é a freqüência de oscilação e γ é a fase da oscilação.

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Extracção de características

A  extração de características acontece de seguinte maneira: efetuar filtragem com um conjunto de filtros de Gabor; dividir a imagem numa série de blocos; em cada bloco calcular uma medida estatística.
A imagem abaixo mostra o processo necessário para que haja a autenticação por textura orientada:

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A normalização tem como objectivo corrigir diferenças de intensidade que possam
existir entre zonas distintas (estas diferenças podem surgir devido a variações da pressão
exercida pelo dedo no sensor, por exemplo)

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Depois do processo de normalização inicia-se a fase de filtragem da imagem, através de um banco de oito filtros de Gabor sintonizados à mesma freqüência com diferentes orientações.
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Após a operação de filtragem, é calculado o vetor de características da impressão digital. O conteúdo de cada entrada do vetor de características é dado pela média
do desvio em relação à média do nível de intensidade em cada sector. Ou seja, para cada
sector: (1) obtém-se a média do nível de intensidade; (2) determina-se o desvio de todos os pontos pertencentes ao sector em relação à sua média; (3) obtém-se a média desse desvio.
A Figura abaixo mostra como o vetor de características é formado.

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