O processo de esqueletização consiste em reduzir-se a figura analisada
a uma cadeia simples, com a largura de apenas um pixel. Preservando, no entanto,
todas as características importantes da figura. No nosso caso, é bastante útil este tipo
de técnica, uma vez que assinaturas em geral já não possuem uma largura
considerável.
Além disto, as características que nos interessam, como inclinação,
espaçamento entre palavras, etc., podem ser facilmente observadas com o uso desta
técnica.
Para se definir se um ponto pertence ao esqueleto do objeto, deve-se
observar se ele atende à seguinte propriedade: o ponto é o centro de um círculo
máximo, que toca as bordas do objeto em pelo menos dois pontos distintos.
O problema primordial desta técnica é que, computacionalmente, é
complicado fazer-se um círculo. Como uma boa aproximação, podemos utilizar como
figura geométrica ao redor deste ponto um quadrado ou um losango ou até mesmo uma
combinação dos dois. Estudos provam que esta aproximação é válida e bastante
eficiente.
Podemos ver na figura 3.3.4.a a representação dos pixels de uma figura.
Na figura 3.3.4.b vemos os pontos pertencentes ao esqueleto marcados com uma cruz.
Podemos notar que, nesta figura, não há de fato uma cadeia simples de
pontos representando o esqueleto. Isto ocorre pois há uma quantidade par de pontos
em algumas linhas/colunas. Sempre que isto ocorre, não é possível definir-se uma linha
de um pixel de largura para representar o esqueleto. Para solucionar isto pode ser
usada uma técnica de expansão por dilatação e erosão.
A técnica constitui-se basicamente do seguinte:
- Na dilatação, a cada ponto da imagem adicionam-se pontos ao redor,
de forma que a distância entre componentes da imagem passe a ser
o dobro da original. Além disto, tais pontos são adicionados em toda a
vizinhança do ponto original da imagem. Na figura 3.3.4.c podemos
ver a imagem original e, na figura 3.3.4.d, podemos ver a imagem
após a dilatação.
- Na erosão, a todos os pontos que não pertencem à imagem, ou seja,
pontos brancos, ou de fundo, nós adicionamos pontos brancos ao
redor, por toda a vizinhança. Desta forma, agiremos como se
estivéssemos causando erosão às bordas da imagem. O resultado
deste processo na figura 3.3.4.d pode ser visto na figura 3.3.4.e.