3.3.4 Esqueletização
O processo de esqueletização consiste em reduzir-se a figura analisada a uma cadeia simples, com a largura de apenas um pixel. Preservando, no entanto, todas as características importantes da figura. No nosso caso, é bastante útil este tipo de técnica, uma vez que assinaturas em geral já não possuem uma largura considerável.
Além disto, as características que nos interessam, como inclinação, espaçamento entre palavras, etc., podem ser facilmente observadas com o uso desta técnica.
Para se definir se um ponto pertence ao esqueleto do objeto, deve-se observar se ele atende à seguinte propriedade: o ponto é o centro de um círculo máximo, que toca as bordas do objeto em pelo menos dois pontos distintos.
O problema primordial desta técnica é que, computacionalmente, é complicado fazer-se um círculo. Como uma boa aproximação, podemos utilizar como figura geométrica ao redor deste ponto um quadrado ou um losango ou até mesmo uma combinação dos dois. Estudos provam que esta aproximação é válida e bastante eficiente.
Podemos ver na figura 3.3.4.a a representação dos pixels de uma figura. Na figura 3.3.4.b vemos os pontos pertencentes ao esqueleto marcados com uma cruz.
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Podemos notar que, nesta figura, não há de fato uma cadeia simples de pontos representando o esqueleto. Isto ocorre pois há uma quantidade par de pontos em algumas linhas/colunas. Sempre que isto ocorre, não é possível definir-se uma linha de um pixel de largura para representar o esqueleto. Para solucionar isto pode ser usada uma técnica de expansão por dilatação e erosão.
A técnica constitui-se basicamente do seguinte:
      • Na dilatação, a cada ponto da imagem adicionam-se pontos ao redor, de forma que a distância entre componentes da imagem passe a ser o dobro da original. Além disto, tais pontos são adicionados em toda a vizinhança do ponto original da imagem. Na figura 3.3.4.c podemos ver a imagem original e, na figura 3.3.4.d, podemos ver a imagem após a dilatação.
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      • Na erosão, a todos os pontos que não pertencem à imagem, ou seja, pontos brancos, ou de fundo, nós adicionamos pontos brancos ao redor, por toda a vizinhança. Desta forma, agiremos como se estivéssemos causando erosão às bordas da imagem. O resultado deste processo na figura 3.3.4.d pode ser visto na figura 3.3.4.e.
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