A transposição, como o próprio nome diz, é a simples troca de posição dos caracteres de uma
mensagem, embaralhando-a. Esta troca deve ser feita seguindo-se um padrão que tanto o
emissor quanto o receptor conhecem previamente, para que o receptor possa desembaralhar
as letras e recuperar a mensagem.
Existem diversas formas diferentes de transpor um texto, basta escolher diferentes padrões
a se seguir. Uma outra técnica interessante consiste em inserir alguns espaços em branco
aleatórios no texto (até no meio de palavras, desde que não atrapalhe a comunicação) antes de
criptografá-lo, isso ajuda a mascarar um pouco melhor o padrão usado.
No entanto, é relativamente simples de se detectar uma transposição, porque a frequência
das letras é basicamente a mesma , isto é: se o ‘A’ é o caracter mais abundante na língua
portuguesa, em um texto transposto ainda veremos mais ‘A’ do que qualquer outro caracter.
Assim um criptoanalista pode identificar uma mensagem criptografada como uma transposição.
Outra fraqueza da transposição é de que a chave pode não ser “precisa”. Ou seja, se o
criptoanalista tentar um padrão razoavelmente parecido com o padrão correto, ele pode
recuperar algumas palavras, ou até mesmo uma frase inteira, agilizando a quebra do código.
O que era feito, na época em que tanto a substituição como a transposição simples ainda
eram usados em escalas significativas, era combinar as virtudes de ambos. Ou seja:
criptografar um texto com algum tipo de substituição e em do resultado aplicar uma
transposição.
Outra tática eficiente para aumentar a dificuldade de se quebrar a transposição é, antes de
transpor uma mensagem, converter cada caracter para uma representação que use mais de um
caracter (por exemplo: converter para o número binário equivalente em ASCII, ou converter
para código morse). Com isso, após a transposição, partes de um único caracter irão para
diferentes partes do código, dificultando imensamente a decodificação.