2.1.2 Transposição
A transposição, como o próprio nome diz, é a simples troca de posição dos caracteres de uma mensagem, embaralhando-a. Esta troca deve ser feita seguindo-se um padrão que tanto o emissor quanto o receptor conhecem previamente, para que o receptor possa desembaralhar as letras e recuperar a mensagem.
     Existem diversas formas diferentes de transpor um texto, basta escolher diferentes padrões a se seguir. Uma outra técnica interessante consiste em inserir alguns espaços em branco aleatórios no texto (até no meio de palavras, desde que não atrapalhe a comunicação) antes de criptografá-lo, isso ajuda a mascarar um pouco melhor o padrão usado.
     No entanto, é relativamente simples de se detectar uma transposição, porque a frequência das letras é basicamente a mesma , isto é: se o ‘A’ é o caracter mais abundante na língua portuguesa, em um texto transposto ainda veremos mais ‘A’ do que qualquer outro caracter. Assim um criptoanalista pode identificar uma mensagem criptografada como uma transposição.
     Outra fraqueza da transposição é de que a chave pode não ser “precisa”. Ou seja, se o criptoanalista tentar um padrão razoavelmente parecido com o padrão correto, ele pode recuperar algumas palavras, ou até mesmo uma frase inteira, agilizando a quebra do código.
     O que era feito, na época em que tanto a substituição como a transposição simples ainda eram usados em escalas significativas, era combinar as virtudes de ambos. Ou seja: criptografar um texto com algum tipo de substituição e em do resultado aplicar uma transposição.
     Outra tática eficiente para aumentar a dificuldade de se quebrar a transposição é, antes de transpor uma mensagem, converter cada caracter para uma representação que use mais de um caracter (por exemplo: converter para o número binário equivalente em ASCII, ou converter para código morse). Com isso, após a transposição, partes de um único caracter irão para diferentes partes do código, dificultando imensamente a decodificação.