2. Criptografia geral
A palavra “criptografia” vem do grego e significa “escrever escondido”. Hoje em dia, a Criptografia é aceita como a ciência que estuda como transmitir mensagens de forma segura e secreta.
Formas de encriptação são usadas em diversas áreas, especialmente em computação. Senhas, a princípio, devem ser armazenadas em um servidor encriptadas para evitar acesso de qualquer pessoa, transações bancárias eletrônicas devem ser feitas de forma absolutamente segura, então o uso de criptografia nessas aplicações é extremamente intenso e necessário.
Criptografia não necessariamente significa que as informações trocadas estejam escondidas, como a terminologia grega original significa, mas que elas serão a princípio ininteligíveis para um possível interceptador. O envio de mensagens de forma oculta chama-se esteganografia.
Um exemplo bem conhecido que serve para diferenciar criptografia de esteganografia:  “Na idade média, quando um rei queria se comunicar com outro, ele raspava o cabelo de um servo e escrevia a mensagem no seu couro cabeludo. Depois que o cabelo do servo crescesse novamente, ele era enviado com a mensagem ainda escrita no couro cabeludo. Ao chegar no seu destino, seu cabelo era novamente raspado e, a mensagem, entregue.”
Este exemplo, da forma como foi apresentado, ilustra apenas a esteganografia. Se o mensageiro simplesmente carregasse uma carta codificada na mão, isso seria apenas criptografia. Mas se a mensagem fosse escrita codificada no couro cabeludo do mensageiro, então faz-se uso de esteganografia e criptografia.
No passado, falhas na encriptação da informação causaram alguns eventos importantes para a história do mundo. A criptografia foi fundamental na primeira vitória de Atenas sobre os persas, e devido a uma criptografia fraca, a Rainha Maria da Escócia foi executada por traição (ela planejava o assassinato da Rainha Elisabeth da Inglaterra).
Em criptografia, existem duas profissões bem distintas: o criptógrafo, responsável por tornar uma mensagem teoricamente indecifrável, e o criptoanalista, responsável por decifrar uma mensagem encriptada.
Conforme o tempo passou, ficou claro que a evolução da criptografia estava fortemente atrelada a perdas e ganhos de ambos os lados. Conforme inventavam-se novos códigos, esses eram quebrados e outros códigos, mais fortes, eram criados.
Com o surgimento do computador e a capacidade de realizar muitas contas rapidamente, a criptografia obteve um caráter muito mais intenso de análise matemática e algoritmos computacionais.
Atualmente, os algoritmos mais fortes de proteção são baseados em transformações matemáticas aplicadas a uma mensagem que apenas computadores são capazes de realizar. Similarmente, a única chance de quebrar um desses códigos é com o uso de ataques computacionais.
Veremos algumas técnicas e modelos de criptografia clássica (isto é: não-quântica) e suas limitações nesta seção.