Como dito na primeira seção do trabalho, os modelos de mobilidade para redes Ad Hoc
buscam representar o comportamento de nós móveis reais, para determinar o impacto da
mobilidade em sistemas de comunicação. A aplicabilidade destes modelos ocorre em
ambientes como:
- Aplicações de gerenciamento de distribuição de chaves criptográficas;
- Suporte à descoberta de serviços da rede;
- Suporte ao gerenciamento do tráfego suportado pela rede;
- Avaliação da perda de pacotes da rede;
- Avaliação de protocolos de roteamento;
- Predição do particionamento da rede, etc.
Os modelos de mobilidade para redes Ad Hoc são classificados por duas abordagens:
modelos de mobilidade individual e modelos de mobilidade em grupo.
Os modelos de mobilidade individual tem como premissa que a movimentação de cada nó
independe da movimentação dos demais nós da rede. Esta premissa permite uma modelagem
mais simples e fácil e, por isso, mais encontrada na literatura para avaliação de sistemas Ad
Hoc.
Este tipo de modelagem é o mais usado na predição da disponibilidade de enlaces, afim de
melhorar os protocolos de roteamento na construção de rotas mais estáveis. Isto por que a
causa da queda de enlaces numa rede Ad Hoc é, justamente, a mobilidade dos nós e a
conseqüente perda de alcance.
Por usa vez, os modelos de mobilidade em grupo representam o movimento de grupos de
nós móveis, onde a mobilidade de cada nó depende da dos demais do grupo. O maior
benefício deste tipo de modelo é permitir a predição do particionamento de uma rede Ad Hoc,
ou seja, uma mudança de escala global na topologia da mesma. Isso por que o maior
responsável por este fenômeno é, justamente, o comportamento de movimentação de grupos
de nós móveis [2].
As subseções que se seguem descrevem os modelos de mobilidade mais encontrados na
literatura.