O rápido crescimento e expansão das redes atuais levou o protocolo RIP aos seus limites. O RIP possui certas limitações que podem causar problemas em grandes redes, como:
Rip possui o limite de 15 hops (saltos). Uma rede RIP com dimensão maior do que 15 hops (15 roteadores) é considerada inalcançável.
RIP não pode trabalhar com máscaras de subrede de tamanho variável (Variable Length Subnet Masks, VLSM). Dado a falta de endereços IP, e a grande flexibilidade proporcionada por VLSMs na atribuição de endereços IP, esta é considerada uma das maiores falhas.
O broadcast (distribuição) periódico de toda a tabela de roteamento consome uma grande quantidade de banda. Este é um grande problema com redes grandes, especialmente em links lentos.
O RIP converge mais lentamente que o OSPF. Em grandes redes, a convergência deve se dar na ordem de minutos.
No RIP não há o conceito de atraso da rede e custo do link. As decisões de roteamento são baseadas na contagem de hops. A rota com menor número de hops até o destino é sempre a escolhida, mesmo a rota mais longa possua melhor relação entre largura de banca do link e atraso.
Redes RIP são planas, não há o conceito de áreas ou fronteiras. Com a introdução de roteamento sem classe e o uso eficiente de agregação e resumo, redes RIP foram colocadas para trás.
Alguns avanços foram introduzidos na nova versão do RIP, chamada de RIP2. Esta nova versão trata da questão de VLSMs, autenticação, e atualizações de roteamento simultâneas (multicast). RIP2 não apresenta avanços expressivos em relação ao RIP porque ainda apresenta limitações na contagem de hops e lenta convergência, o que essencial nas grandes redes atuais.
OSPF apresenta algumas características atrativas, como:
Não há limite na contagem de hops
O uso eficiente de VLSM é muito útil na alocação de endereços IP
OSPF usa multicast de IP para enviar atualizações de link-state.Isto garante menor processamento nos roteadores que não estão escutando os pacotes OSPF. Além disto, as atualizações só são enviadas nos casos em que mudanças ocorrem, ao invés de periodicamente; isso garante uma melhor utilização da banda
Apresenta melhor convergência que o RIP. Isto porque as mudanças na rota são enviadas instantaneamente, e não periodicamente
Permite um melhor balanceamento de carga
Permite uma divisão lógica da rede, onde roteadores podem ser divididos em áreas. Isto limita a explosão de atualizações de link state por toda a rede. Também fornece um mecanismo para agregar roteadores a limita a propagação desnecessária de informações de subrede
Permite a autenticação de rota utilizando diferentes métodos para a autenticação de senha
Permite a transferência e marcação de rotas externas inseridas em um AS. Isto rastreia rotas externas inseridas por protocolos externos como o BGP
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