O caminho para o Ipv6

 

Apesar do CIDR ainda tenha alguns anos pela frente, todos percebem que o IP em sua forma atual, IPv4, está com os dias contados. Então, a partir de 1990, a IETF ( Internet Engineering Task Force ), começou a trabalhar numa nova versão para o IP, capaz de impedir que os endereços fossem esgotados e resolver outros problemas. Os objetivos principais eram:

  1. Aceitar bilhões de hosts, mesmo com alocação de espaço de endereço ineficiente.
  2. Reduzir o tamanho das tabelas de roteamento.
  3. Simplificar o protocolo de modo a permitir que os roteadores processem os pacotes com maior rapidez.
  4. Oferecer mais segurança ( autenticação e privacidade ) do que o IP atual.
  5. Dar mais importância ao tipo de serviço, particularmente para os dados em tempo real.
  6. Permitir multicast, possibilitando a especificação de escopos.
  7. Permitir que um host mude de lugar sem precisar mudar o endereço.
  8. Permitir que o protocolo evolua no futuro.
  9. Permitir a coexistência entre o novo e o antigo protocolo durante anos.

Para atender a tudo isso, a IETF convocou os interessados para apresentarem suas propostas na RFC 1550. As 3 melhores propostas foram publicadas na IEEE Networks ( Deering, 1993; Francis, 1993; e Katz e Ford, 1993 ). Depois de muita discussão foi selecionada uma versão combinada de Deering e Francis, chamada de SIPP( Simple Internet Protocol Plus ), à qual conhecemos como IPv6.

Por que se chama IPv6, se a versão atual é o IPv4 ? Primeiramente, a IETF nomeou o IP como IP – The Next Generation que ficou conhecido como IPng. Formalmente, foi decido que a próxima versão atribuída ao IP será a versão 6. A versão 5 refere-se a um protocolo experimental de fluxo em tempo real. O termo IPng foi usado em amplo contexto para se referir a todas as discussões e propostas para a próxima versão do IP, enquanto o termo IPv6 era aplicado para se referir à proposta específica surgida na IETF.

O IPv6 atende a todos os objetivos propostos , preservando os bons recursos do IP, descartando ou reduzindo a importância dos ruins e criando outros quando necessário. Genericamente, o IPv6 não é compatível com o IPv4, mas é compatível com todos os outros protocolos da Internet, incluindo TCP, UDP, ICMP, IGMP, OSPF,BGP e DNS, apesar de em certos momentos eles precisarem ser submetidos a pequenas modificações ( principalmente quando têm que lidar com endereços mais longos ).

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