Em analogia a sistemas de comunicação
sem fio existentes, o fenômeno chamado handoff ocorre
quando a potência do sinal recebido pelo ponto de acesso cai
abaixo de um nível aceitável e torna a
comunicação impossível. Isso pode ser causado por
interferência, a perda de um caminho entre terminal e ponto de
acesso, reflexões e difração do sinal. Em geral, a
potência do sinal recebido possui uma forte
correlação com a distância entre os terminais
comunicantes, e no caso de comunicação sem fio com
terminais móveis, o handoff ocorre devido a um terminal sair
da região de alcance de ponto de acesso.
No contexto do compartilhamento do espectro, ou
spectrum pooling, pode-se observar que se a banda passante
disponível ao sistema não licenciado cai abaixo de um
limite aceitável, a transmissão útil de dados se
torna impossível e todos os recursos são utilizados para
o overhead de sinalização, como visto
anteriormente. As conexões existentes correm o risco de serem
desfeitas subitamente, o que deve ser evitado por uma
antecipação e o chamado interpool handoff. Essa
nova forma de handoff descreve basicamente a troca de um
grupo de faixas de frequência com recursos escassos por um
novo com maior quantidade de recursos disponíveis.
Embora o fenômeno físico por trás
da necessidade do handoff nesse caso é completamente
diferente dos cenários existentes, algoritmos similares
são utilizados. Para evitar a alternância descontrolada
entre duas pools, é necessária a utilização de
histerese, isto é, para a mudança para um novo grupo de
subbandas, a banda passante do mesmo deve ser maior do que a antiga
mais um determinado valor de histerese. Se o sistema
secundário sempre mudasse para as frequências com mais
banda passante disponível, essa troca poderia ocorrer em
excesso, causando altas taxas de tráfico de
sinalização e resultando em pior desempenho da
rede.