Evolução da prática de Spam (Spamming)
No início dos anos 60, o MIT, Massachusetts Institute of Technology criou um sistema chamado Compatible Time-Sharing System que consistia num computador que podia ser acessado por diversos usuários a partir de terminais diferentes. O primeiro registro oficial de uma mensagem não solicitada enviada em massa ocorreu num sistema que possibilitava a troca de mensagens entre os usuários desse computador, que foi implementado mais tarde dentro desse sistema. Essa mensagem, ao contrário do que vemos hoje, não tinha caráter publicitário e nem mesmo informativo, era apenas uma mensagem que, segundo o remetente, tinha o intuito de transmitir uma idéia porque era "importante".
A primeira mensagem enviada em massa com caráter publicitário acredita-se ter ocorrido mais tarde, em meados dos anos 70, na rede ARPANet, a rede de computadores precursora da internet e do sistema de correio eletrônico. Como a rede ARPANet foi criada com o intuito de ser uma rede de uso exclusivo para assuntos do governo Norte-Americano, essa prática gerou números consideráveis de reclamações, porém, a questão não foi considerada como um problema de muita importância.
A prática do Spam começou a ser amplamente difundida em meados dos anos 90, quando as empresas começaram a utilizar a internet como meio de negócio para oferecer produtos e serviços. O Spam era uma solução mais barata de fazer propaganda, pois, comparada à qualquer outra forma de propaganda, a relação custo-benefício de enviar uma mensagem propaganda e seu retorno era muito maior que as outras formas de marketing, ou melhor, o custo do envio de mensagens em massa era quase nulo e, apesar de atingir uma minoria do público alvo, ainda assim tinha um retorno lucrativo.
Depois disso, a prática de envio de mensagens não solicitadas passou a ser vista de modo malicioso, passando a ser considerada uma atividade criminosa, pois, os spammers enxergaram um meio vulnerável que viabilizava roubo de dados, levando ao estelionato e as fraudes. Hoje em dia, o Spam é considerado uma prática transmídia por permitir que a prática continue sendo amplamente difundida, não só através do correio eletrônico, mas praticamente através de qualquer meio digital, como por exemplo, o sistema de mensagens do telefone móvel, sites, fóruns de discussão, redes sociais e até mesmo em jogos.
