O princípio da incerteza, de Heisenberg, é relativamente simples de ser enunciado e
tem uma idéia simples.
Na física tradicional newtoniana, também chamada de Física Clássica, acreditava-se
que se soubermos a posição inicial e o momento (massa e velocidade) de todas as partículas
de um sistema, seríamos capaz de calcular suas interações e prever como ele se comportará.
Isto parece correto, se soubermos descrever com precisão as interações entre essas partículas,
mas parte de um pressuposto bastante forte: o de que de fato conhecemos a posição e o
momento de todas as partículas.
Segundo o princípio da incerteza, não se pode conhecer com precisão absoluta a
posição ou o momento (e, portanto, a velocidade) de uma partícula. Isto acontece porque para
medir qualquer um desses valores acabamos os alterando, e isto não é uma questão de
medição, mas sim de física quântica e da natureza das partículas.
O princípio da incerteza é equacionado através da fórmula:
No seu nível mais fundamental, o princípio da incerteza é uma conseqüência da
dualidade partícula-onda (ítem 4.1.1 deste trabalho) e do princípio de Broglie. Se uma
partícula encontra-se em uma região com erro ∆x, então seu comprimento de onda natural
deve ser menor que ∆x, o que requer um momento elevado, variando entre -h/Δx e h/Δx. Aí
está a incerteza ! O raciocínio é análogo para a indeterminação do momento.