A Negação de Serviços é uma realidade. Claro, com
tantos milhões de máquinas conectadas à internet, a chance de que uma seja um
alvo, ou até um agente de um ataque, não é grande – mas existe.
No futuro, DDoS tende a ser mais forte do que é
hoje. O número de ferramentas que permitem armar verdadeiros exércitos apenas
cresce e estão cada vez mais acessíveis na grande rede. Além disso, ao mesmo tempo
que novos ataques são feitos para tentar superar as defesas existentes, novas
defesas têm muitos entraves por às vezes precisarem de mudanças em protocolos
já existentes, quebrando em parte o que se propõe da simplicidade da
arquitetura da internet.
Os ataques tendem também a mudar seus objetivos e
alvos. Mais do que tornar serviços totalmente inoperáveis – o que é facilmente
detectável, os ataques tentarão degradar o serviço, tentando deixá-lo operando
em carga total a todo momento, mas sem tirá-lo do ar. Da mesma forma, novos
serviços surgem e serão potenciais alvos de ataques – e dentre estes destaca-se
VoIP, cujo uso é cada vez maior e só tende a crescer.
Em suma, o futuro da negação de serviços resume-se no
surgimento de novos mecanismos de defesa, seguidos de novos mecanismos de
ataque que os superem. Ao usuário, resta refletir sobre sua própria condição:
Está em posição de ser ameaçado por ataques de negação de serviço, se não como
alvo final, como agente do ataque? Tomou todas as medidas possíveis de
prevenção e está preparado para executar medidas de reação? Claro, mesmo elas
não findam totalmente a chance de ser uma vítima de um ataque.
A única solução definitiva contra negação de serviços e contra
qualquer outro malefício da Internet ainda é não estar conectado a nenhuma rede
de computadores.