Tipos de VLANs

 

Quanto a forma de identificação dos seus membros, as redes locais virtuais podem ser classificadas em:

VLANs baseadas em:

  • Portas: camada 1

Os membros de uma VLAN podem ser definidos de acordo com as portas da ponte/comutador utilizado. Por exemplo, em um comutador com dez portas, as portas 1, 2, 3 e 8 pertencem a VLAN 0. Já as portas 4, 9 e 10 fazem parte da VLAN 1. As demais pertencem a VLAN 2, como visto na figura 1

Figura 1 - Associação de portas a diferentes VLANs

No caso do comutador do GTA é possível criar até 64 VLANs (mais detalhes em "um exemplo prático ...") .

Este método vem sendo o mais utilizado na implementação de VLANs, pois sua configuração é rápida e simples.

Caso um usuário se mova para um local diferente, fora da ponte/comutador onde estava conectado, o administrador da rede deve reconfigurar a VLAN. Esta é a principal desvantagem deste método.

Além disso, deve se ressaltar que ao conectar um repetidor, um hub ou outro comutador a uma porta pertencente a uma VLAN, todos as estações conectadas e este dispositivo se tornaram mebros desta VLAN.

  • Endereço MAC (Media Access Control): camada 2

Neste caso os membros da rede virtual são identificados pelo endereço MAC (Media Access Control) da estação de trabalho. O comutador reconhece o endereço MAC pertencente a cada VLAN. A associação entre endereços MAC e VLANS é exemplificado na figura 2

Figura 2 - Associação de endereços MAC a diferentes VLANs

Quando uma estação de trabalho é movida, não é necessário reconfigurá-la para que esta continue pertencendo a mesma VLAN, já que o endereço MAC faz parte da sua placa de interface de rede. Isto é uma vantagem em relação as VLANs baseadas em portas, onde a tabela de membros tem de ser reconfigurada.

O grande problema deste método é que um membro de uma VLAN deve ser inicialmente especificado, obrigatoriamente. Em redes com milhares de usuários isto não é uma tarefa simples.

  • Protocolo: camada 2

Os membros de uma VLAN camada 2 também podem ser identificados de acordo com o campo "tipo de protocolo" encontrado no cabeçalho da camada 2, como visto na figura 3

Figura 3 - Associação de protocolos a diferentes VLANs

  • Endereço IP (Internet Protocol): camada 3

Neste método os mebros pertencentes a uma VLAN são determinados pelo cabeçalho da camada 3.  O endereço IP pode ser usado nesta classificação.

Figura 4 - Associação de endereço IP a diferentes VLANs

Embora um membro seja identificado por uma informação da camada 3, este processo não é realizado pelo roteador e também não há nenhuma relação com o roteamento nesta rede. Neste método, o endereço IP é usado somente como um mapeamento para determinar os usuários de uma VLAN.

Em VLANs camada 3, os usuários podem mover suas estações de trabalho sem reconfigurar os seus endereços de rede. O único problema é que geralmente o tempo para o encaminhamento de pacotes usando informações da camada 3 é maior do que utilizando o endereço MAC.

  • Camadas superiores

Também é possível definir os membros de uma VLAN de acordo com aplicações ou serviços, ou uma combinação destes. Por exemplo, aplicações FTP (File Transfer Protocol) podem ser executadas em uma VLAN e aplicações telnet em outra.

Obs.: O padrão IEEE 802.1Q define somente VLANs das camadas 1 e 2. As demais são soluções proprietárias[3].

 

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