Introdução

       Define-se por "rede de acesso" o conjunto de equipamentos, materiais e facilidades, que permitem a interligação de um usuário, ou grupo de usuários, ao nó de comutação de um Sistema de Telecomunicações.

       Tradicionalmente as redes de acesso têm sido construídas com cabos metálicos. Atualmente, novas alternativas têm sido utilizadas tais como as redes de acesso ópticas e as redes de acesso com comutação digital distribuída.

       As redes de acesso sem fio, aqui denominadas genericamente Wireless Local Loop (WLL), constituem-se em uma nova alternativa para o acesso.

       O Wireless Local Loop é, na verdade, um acesso, via rádio, a um telefone fixo de assinante. O conceito é bastante simples: o telefone do assinante é ligado ao equipamento de rádio, que troca informações com uma estação de rádio. A estação converte os sinais de rádio em sinais compreensíveis pela central telefônica, a partir da qual a chamada segue seu curso usual.

        O Wireless Local Loop conecta assinantes para a rede pública telefônica (PSTN) utilizando sinais de rádio como um substituto para as linhas de cobre para parte ou todas as conexões entre assinante e o switch. A figura abaixo mostra um típico sistema WLL. A porção base do sistema é um hub de estação rádio-base (RS Hub) que está localizado perto ou dentro da estação telefônica ou conectado à central através de sinais de microondas ou satélite. A porção "wireless" do sistema á a distância entre o hub e os assinantes individuais, que possuem, cada um deles, um circuito transceptor (transmissor + receptor) completo duplex que permite que um telefone comum seja conectado ao equipamento. O equipamento do assinante é denominado geralmente de unidade remota de assinante – RSU (Remote Subscriber Unit). Por definição, o WLL é um serviço duplex completo de voz, compatível para voz, fax ou modem.  

       A chamada original no terminal do assinante viaja através do ar até a ERB – Estação Rádio-Base - mais próxima e, de lá, vai para a rede pública. Esta tecnologia será usada para vender serviços telefônicos a assinantes que vivem em lugares onde é difícil chegar; para operadoras substituírem, rapidamente, assinantes cuja rede de cobre esteja velha e problemática; para instalar novos assinantes rapidamente; e para vender "serviços no mesmo dia", ou seja, atender ao assinante primeiro com WLL e depois com a rede de cobre que será instalada.

       Analistas prevêem que o mercado global para o WLL chegará a milhões de usuários em torno do ano 2000. A maior parte deste crescimento ocorrerá em economias emergentes onde metade da população nem chega a utilizar o atual serviço terrestre (POTS). O WLL chega como uma alternativa para estas nações que passam a economizar grandes quantias na implantação de toda uma rede de cabos de cobre.  

       Em economias desenvolvidas, o WLL gerará competição na rede local, possibilitando que novas operadoras utilizem a rede para a transmissão de dados.