Biometria - Reconhecimento de Retina

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O que é biometria?

        Literalmente, do grego, ‘bios’ significa vida e ‘metron’, medida. Segundo o dicionário Aurélio, biometria é a ciência que estuda a mensuração dos seres vivos. É por isso que, em se tratando de biometria, diz-se que “seu corpo é sua senha” (fonte: http://www.scribd.com/doc/904479/Biometria). Em outras palavras, trata-se da verificação automática da identidade de um indivíduo a partir de suas singularidades.

        A biometria apóia-se no fato de que os seres humanos têm particularidades físicas ou comportamentais que têm baixa probabilidade  de se repetirem em pessoas diferentes, por mais parecidas que sejam. Além disso, as particularidades são relativamente estáveis ao longo da vida, sofrendo modificações ínfimas. Como exemplos de biometria do comportamento, podemos citar a fala e a assinatura e, no caso das biometrias físicas, as de íris, retina e impressão digital.

        Os aparelhos biométricos baseiam-se na captura de amostras do ser humano e transformação em um padrão para que se compare e verifique posteriormente. É nessa fase, denominada registro, que as características chave são armazenadas como um dado numérico. Para que o usuário seja identificado, a característica única deve coincidir com o padrão registrado. Como o processo é feito em tempo real, o sistema deve ser configurado para ter determinada tolerância, já que a comparação imediata dificilmente será perfeita. Assim, busca-se evitar rejeições indevidas, bem como impedir o acesso a um falso usuário.

        É de suma importância distinguir a verificação da identificação/reconhecimento. A identificação ou reconhecimento é a ação de encontrar o dono daquela amostra a partir da comparação do exemplo com um banco de dados, buscando um par. Caso haja semelhança suficiente com algum registro, haverá aceitação do usuário. Dessa forma, não há como alguém tentar usar mais de uma identidade na tentativa de acesso. A verificação, por sua vez, executa unicamente a comparação da amostra com seu padrão biométrico respectivo, que foi armazenado anteriormente. Se há coincidência dentro da tolerância adotada, o aparelho conclui que o indivíduo se identifica corretamente. Assim, costuma-se dizer que a  identificação é um processo um-para-muitos e a verificação é um processo um-para-um (1:1).

        Eis alguns exemplos de biometrias conhecidas:

Reconhecimento facial

        A imagem é capturada por um sensor ou uma câmera e um algoritmo é desenvolvido para que se obtenha o padrão biométrico desejado, comumente denominado assinatura biométrica. Há sistemas que exigem que a pessoa sorria, pisque ou se mova a fim de evitar a aceitação de um rosto falso ou um molde.

Figura 1: Biometria facial. Retirada de [7]

Geometria da mão e do dedo

        Pode-se analisar a geometria de um ou dois dedos. São tomados parâmetros únicos tais como largura, comprimento, espessura, tamanho das articulações. O processo se dá quando o indivíduo coloca, em um leitor, o dedo indicador ou o do meio das mãos direita e esquerda.

        A geometria da mão, por sua vez, é uma das formas de biometria mais antigas, com aplicação predominante no controle de acesso. Consiste de uma imagem 3D da mão, que foca pontos específicos. Para evitar que a posição do dedo influencie nas medidas, são usadas guias ou pinos que posicionam corretamente os dedos.

Figura 2: Biometria - geometria das mãos. Retirada de [7]

Reconhecimento de Voz

        Trata-se da captura da voz humana e medição da forma da onda das frases. Para tal, faz-se uso de análise de Fourier com o objetivo de identificar o espectro de freqüências que amostram as características da voz. Como a voz humana resulta da ressonância nas cordas vocais, são relevantes o comprimento, o formato da boca e das cavidades nasais. A pessoa deve falar em voz clara e o ruído do ambiente pode afetar o reconhecimento.

Reconhecimento de assinatura

        A forma de assinar é o que se analisa e não a assinatura propriamente dita. Mesmo que alguém tente fazer uma falsificação, torna-se necessário saber a dinâmica envolvida. Fatores como o tempo que se leva para assinar, a velocidade, aceleração, pressão exercida no papel, número de vezes que se levanta a caneta, dentre outros, são registrados. O usuário deverá fazer o cadastro mais de uma vez, para que um perfil possa ser desenvolvido. Uma das maiores vantagens é o fato de que a identificação só pode ser feita com o indivíduo presente e consciente.

Reconhecimento da íris

        A íris é a parte colorida do olho que envolve a pupila e sua leitura pode ser feita ainda que haja a presença de lentes. Um feixe de luz incide sobre o olho e registra os contornos e padrões geométricos, criando o padrão biométrico. Deve-se fazer a leitura em ambiente bem iluminado.

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