O Olho Humano

Aspecto geral

        O olho humano é responsável por captar energia luminosa, que será interpretada pelo cérebro. O globo ocular é envolto por um tecido transparente chamado esclerótica (a parte branca do olho), onde se forma a córnea. Internamente, existe a coróide, que possui melanina e vasos sanguíneos que abastecem a parte frontal do olho. Sua parte visível é conhecida como íris, que é responsável pela cor dos olhos e evita reflexos que poderiam interferir na nitidez da imagem. No centro da mesma está a pupila que pode se contrair permitindo a maior ou menor entrada de luz.

        Os raios luminosos passam pela pupila e sofrem refração na córnea, cristalino e humor aquoso, que funcionam como lentes convergentes, focando a imagem na retina. A figura abaixo ilustra a anatomia do olho.

Figura 1: A foto mostra um esquema simplificado do olho humano. Adaptado de [3].

Retina

        A retina é a parte do olho sensível a luz. Ela contém milhões de células fotossensíveis chamadas de cones e de bastonetes. Estas transformam energia luminosa em impulsos nervosos que serão interpretados pelo cérebro. No fundo do olho próximo ao centro há uma pequena depressão, onde existem apenas cones, que é chamada de fóvea (Figuras 1 e 2). Esse é o local onde a imagem se forma com maior nitidez. O eixo que liga a pupila à fóvea é conhecido como eixo óptico.

        Os impulsos nervosos são transmitidos pelo nervo óptico. Como a região por onde ele sai da retina não possui cones ou bastonetes, nenhuma imagem é processada ali. Por isso, essa região é conhecida como ponto cego. Ele pode ser visto na figura 2, como a região mais clara também chamada de disco óptico.Do mesmo ponto, saem também os vasos sanguíneos que abastecem a retina. O padrão de distribuição desses vasos é único para cada pessoa, sendo tão complexo que até gêmeos idênticos não possuem a mesma configuração. Além disso, ele não muda durante toda vida do indivíduo, exceto em caso de mutilação ou condições médicas que alterem o olho de alguma forma (Fig. 2).

Figura 2: Foto de uma retina. Podem ser vistos a distribuição dos vasos sanguíneos, a fóvea e o nervo óptico. Retirado de [4]

        O fato de a retina possuir uma configuração única e ser muito estável ao longo da vida (é muito difícil alterá-la) faz dela, não só ideal para servir de parâmetro para uma biometria, como também uma das biometrias mais confiáveis conhecidas.